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Que tipo de chefe é o seu? | Divulgação/Pixabay
Que tipo de chefe é o seu?| Foto: Divulgação/Pixabay

Você certamente já ouviu algum colega de trabalho dizer que “chefe é tudo igual”. E é bem provável que esta frase tenha sido o desfecho de uma conversa cheia de reclamações sobre quem está no comando. Só que, definitivamente, eles não são todos iguais. Reconhecer as diferenças é fundamental para quem quer evitar os problemas de relacionamento no trabalho.

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A empresa de desenvolvimento e certificação de lideranças LeaderArt criou um método de avaliação e treinamento de gestores que identificou quatro perfis-chave, baseados nos diferentes momentos da carreira. Segundo o diretor da companhia na América Latina, Cícero Carvalho, o mapeamento foi feito porque é importante que cada líder perceba como cada fase pede uma consciência e uma visão diferente. Mas as informações também são valiosas para os subordinados. De acordo com ele, a partir do momento em que os trabalhadores identificam o momento de carreira do seu gestor, a abordagem e a comunicação também podem mudar e fluir melhor.

Conheça melhor o perfil de cada chefe

“O essencial é que os profissionais percebam como a evolução profissional é contínua, independentemente do nível de experiência ou conhecimenCto”, reforça Carvalho.

Eva Hirsch Pontes, coach executiva e professora da Fundação Dom Cabral, concorda com a afirmação. Mas como lidar com as diferenças soa complicado, o segredo, segundo ela, é transformar essa relação num aprendizado.

“Quando você identificar as dificuldades do seu chefe, aprenda com elas, já que também poderá enfrentá-las se ocupar a posição dele um dia”, aconselha Eva.

Por outro lado, tentar mudar o comportamento do superior ou, simplesmente, aceitá-lo pode não ser um bom caminho. Para Eva, a solução é encontrar as melhores maneiras de contornar cada situação. Ela ilustra esse pensamento com o caso de uma cliente.

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“Ela foi para uma empresa no exterior com uma promessa de autonomia que não se concretizou. Ao chegar lá, descobriu que tinha uma chefe centralizadora e desconfiada. Minha cliente, então, percebeu que precisava encontrar formas de ganhar a confiança. Então, adotou atitudes como produzir relatórios semanais que mostravam tudo o que ela e a equipe faziam. Assim, a chefe tinha sensação de que tudo estava sob controle e as coisa foram melhorando”, conta Eva.

Converse com seu chefe antes de sair julgando

Professora da ESPM-Rio e doutora em psicologia social, Cláudia Tardin nota que as pessoas ainda têm muita dificuldade em se relacionar com seus superiores justamente por não saberem interpretá-los.

“Nem sempre entendemos nas mensagens que recebemos qual foi a real intenção do emissor. Por isso, conversar e sempre deixar tudo muito esclarecido é fundamental na condução dessas relações”, recomenda ela.

Ela lembra que cada um tem a sua personalidade, mas é fundamental trabalhar a empatia.

“As pessoas têm partido para o julgamento com muita frequência. É recomendável fugir disso, demonstrando cordialidade e interesse em contribuir. Ficar reclamando e falando mal do chefe pelos cantos não pega bem, assim como fazer cara feia diante de um pedido ou crítica dele”, afirma a Claudia.

E não leve as críticas para o lado pessoal. Claudia enfatiza que, se o superior chamou a atenção de um subordinado, não significa que estará esperando sempre o pior desse funcionário. Do contrário, o chefe já o teria demitido.

Por fim, ela deixa uma dica prática:

“Observar as pessoas que têm boa relação com os chefes pode ser uma ótima fonte de aprendizado. Afinal, é importante o empregado mostrar que executa bem as tarefas, mas o que mais conta para o seu crescimento numa companhia são as relações de trabalho”.

Perfil de cada chefes

Conheça os quatro perfis de chefes, elencados pela Leaderart:

Jovem líder: destacou-se como profissional talentoso e eficiente. Mas ainda está começando na vida como chefe. Quer atingir resultados rápidos, mas tende a delegar pouco.

Média gerência: já tem uma bagagem à frente da equipe e começa a construir seu estilo de liderança. Mas aí começam a surgir alguns “vícios”. Tem foco no desempenho e boa bagagem de conhecimento, além de experiência em gerir pessoas. Seu ponto fraco é correr o risco de subestimar a necessidade de desenvolvimento de carreira da sua equipe.

Gerência sênior: já tem um estilo de liderança consolidado. Sabe aliar a alta performance ao foco no desenvolvimento do pessoal. Os pontos fracos são comportamentais. Por se sentir ameaçado por jovens líderes, pode acabar monopolizando o conhecimento que adquiriu.

Alta liderança: gestão do negócio e resultados é seu foco. Tem experiência, ampla bagagem de conhecimento e é capaz de obter resultados pela sua rede de influência, além de ser um bom gestor de pessoas e alguém com visão para os negócios. Sua fraqueza é subestimar a gestão de pessoas e a formação de seus sucessores.

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