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Uma leitora despertou este tema de resposta não tão simples! Ora, como podemos desenvolver nas pessoas o senso de visão e de oportunidade?

Sempre entendi que a educação é um de nossos melhores patrimônios, pelo menos é o que valorizo junto aos meus filhos. A educação, em seu sentido mais amplo, e o conhecimento oferecem segurança, independência e liberdade. Isso assegura ao profissional e fundamentalmente à pessoa maior assertividade, maior domínio nas diversas situações e ambientes, mais firmeza nos posicionamentos.

A formação integral que privilegia o diálogo e o debate saudável, o desenvolvimento do espírito crítico, a ampliação do nível de consciência em assuntos diferenciados (econômicos, políticos, sociais etc.), sem dúvida, amplia a visão. Nesse aspecto, a filosofia oferece uma base essencial para aguçar o espírito para a crítica estimulando um olhar mais acurado e exigente.

Como transmitir esse estado de curiosidade permanente, de indagação quase intelectual, para filhos, alunos e funcionários? Voltemos à educação. Filhos criados em famílias que têm, não só o hábito da leitura, mas também a prática de discutir e trocar idéias sobre assuntos do momento, sejam eles regionais, nacionais ou internacionais alargam a visão de mundo de forma natural e espontânea no ambiente familiar. O acesso à educação formal e à cultura geral (estudo qualificado, livros, revistas especializadas, teatros, exposições, recitais, concertos etc.) despertam a crítica. Não basta ler, mas sim dizer o que leu, o que viu e conseguir proferir um juízo inteligente (coerente, criterioso, sensato) sobre o mesmo. Isso significa estimular o raciocínio, a lógica e suprir a opinião com a consistência do conhecimento que permite passar do "achismo" para o argumento sólido.

Adultos que ultrapassam essas fronteiras têm maior chance de vencerem na vida profissional, tornarem-se líderes ou, no mínimo, viverem em melhor estado de satisfação interior.

Essa curiosidade, esse interesse generalista por diversos assuntos, pelo menos para acesso mínimo às informações, permite olhar florestas e deixar as árvores de lado, ainda que elas continuem respeitadas.

A "antena" para oportunidades é um modo de ser, uma atitude, um jeito de olhar o mundo e também como nos relacionamos com ele. A sagacidade, a velocidade, a disponibilidade para a oportunidade é conseqüência da visão de mundo.

Olhar limitado, acanhado, pequeno, estreito não deixa espaço para a amplitude de possibilidades que a vida nos oferece!

Maria Christina de Andrade Vieira, empresária e escritora, autora de Herança (Ed.Senac-SP), Cotidiano e Ética: crônicas da vida empresarial (ed. Senac-SP).chris@onda.com.br www.andradevieira.com.br

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