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Algo que as pessoas vêem como grande desafio é a gestão de conflitos. O assunto incomoda, perturba e tira sono de muito profissional qualificado.

O curioso é que qualquer trabalho, função, cargo, emprego nada mais é do que um longo processo de aprendizagem para resolver problemas (ou o mesmo que aproveitar oportunidades) e administrar conflitos.

Imagino que qualquer chefia nada mais faz do que receber e resolver problemas o dia todo. As boas notícias são dadas da porta do escritório porque nunca há tempo de comemorá-las e muito chefe entende que vencer nada mais é do que obrigação.

Os conflitos internos são provocados por indecisões diante de algo que implica em tomada de decisão. Podem envolver valores pessoais conflitantes com valores da empresa ou da comunidade onde a empresa está instalada. O profissional "encalha", descansa e "esquece" o documento ou a pasta na caixa de entrada...

Os conflitos que envolvem terceiros e decisões conjuntas ou democráticas põem ser de natureza pessoal (individual) ou impessoal (empresa). Acontecem quando dois profissionais disputam algo e questões pessoais tomam a primazia. Ou seja, emoções latentes, egos, diferentes personalidades, disputa pelo poder, química "dissonante" - aquele algo mais que não se explica pela razão -, personalizam o conflito que abandona o foco que é a instituição. Ao focar pessoas inviabiliza soluções adequadas ou qualquer possibilidade de caminhar na direção de resolução.

Conflitos impessoais são resolvidos com foco nos benefícios para a empresa e deixam de lado individualismos e "achismos". Entender a origem do conflito é vital para direcioná-lo de forma positiva. Além disso, o desenvolvimento e a maturidade profissional devem ultrapassar querelas pessoais pautando decisões na razão e na lógica. E, sobretudo, naquilo que é melhor para a empresa. Entender o processo é mais simples. O difícil é agir sem emoções ou colocando-as no devido lugar. Pessoas de sucesso são mobilizadas por desejos e emoções, porém não deixam que elas administrem decisões em que deve prevalecer o respeito e o senso de justiça.

Maria Christina de Andrade Vieira, empresária e escritora, autora de Herança (Ed.Senac-SP), Cotidiano e Ética: crônicas da vida empresarial (ed. Senac-SP).chris@onda.com.brwww.andradevieira.com.br

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