Conhecer bem a organizadora ajuda na aprovação

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Para alcançar a tão almejada vaga na área pública, muitos concurseiros se inscrevem em vários processos seletivos. Entretanto, mesmo com conteúdos tão semelhantes, as provas podem ser completamente diferentes. Dessa forma, torna-se um diferencial para ser aprovado conhecer melhor o estilo da organizadora e poder direcionar os estudos.

De acordo com o professor de português da Central de Concursos, Carlos Kappler, o grande segredo para ter um bom aproveitamento nas provas é o candidato compreender como funciona o processo seletivo. "Fazer o maior número de provas da organizadora escolhida é a melhor opção para realçar os pontos principais de cada disciplina", afirma.

Kappler acredita que muitos candidatos consideram as provas do Cespe/UnB como uma das mais difíceis, porque elas não trazem alternativas, em que se deve escolher apenas uma correta.

Alexandre Pisani, aos 37 anos de idade, percebeu que estava cansado de trabalhar na área privada. Trabalhava até 14 horas diariamente, sem fim de semana ou feriado. Na época em que desistiu da carreira de administrador, atuava como gerente contábil de uma empresa alemã de logística. Desde então vem se dedicando aos concursos públicos e já foi aprovado ao cargo de analista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Para o analista, é importante saber o que se vai encontrar nas provas para se concentrar em um tipo de estudo. Ele acumula aprovações na área pública: Banco do Brasil (Cespe), Liquigás (Cetro), Agente Contábil na Prefeitura de São Bernardo (Moura Melo) e Fotógrafo da Polícia Civil (Acadepol). Além disso, prestou concursos organizados pela Carlos Chagas, Vunesp e Esaf. "Difícil dizer qual organizadora é a mais complexa. Para o Cespe é necessário preparo prévio. A literalidade da lei nas provas da Esaf também exige muita atenção. Já a Acadepol exige muita informação, há uma necessidade de saber na ponta da língua nome, data, lugar, etc. Agora, acredito que questões complexas, como as da Carlos Chagas, dão muito trabalho para responder", relatou.

Já a estudante do cursinho Obcursos de Brasília Alexandra Peixoto, de 19 anos, afirma que a diferença entre as organizadoras está principalmente no foco da matéria, além do método de avaliação de cada uma. "Não considero que uma seja mais complicada que a outra, apenas que as organizadoras têm um método específico de avaliação e, sendo assim, cabe aos concursandos se adaptarem", afirma. Dentre os concursos prestados destacam-se: Senado, Câmara dos Deputados e Embrapa.

Dicas

Independentemente da organizadora, os professores de cursinhos preparatórios recomendam a leitura atenta do enunciado da questão. Também é interessante iniciar a prova pelas questões mais fáceis. Sendo assim, além de ganhar mais tempo para as que forem mais elaboradas, o candidato se sentirá mais motivado para prosseguir fazendo a prova. Além disso, é importante acompanhar os editais anteriores e resolver alguns exercícios para treinar.

Segundo Kappler, a preocupação do momento, principalmente na área de Português, é com o novo acordo ortográfico – as mudanças nas regras de acentuação e no uso do hífen. "Podem ficar tranquilos. Somente em janeiro de 2013 haverá a obrigatoriedade do uso das novas regras. As antigas continuam válidas. Os concursos podem solicitar apenas o conhecimento das mudanças", relata.