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Conrado Adão Glock, 43 anos, mudou de ramo e fez um curso de corretor de seguros há dois anos: autonomia no trabalho | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Conrado Adão Glock, 43 anos, mudou de ramo e fez um curso de corretor de seguros há dois anos: autonomia no trabalho| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O mercado de seguros brasileiro encerrou o ano de 2010 com um crescimento de 12,8%, movimentando um total de R$ 137 bilhões. Em 2011, apesar da alta da inflação e dos juros, o setor deve crescer outros 12%, gerando um lucro aproximado de R$ 160 bilhões. Esse cenário positivo coloca em evidência um profissional em ascensão: o corretor de seguros. O Paraná conta com 4.271 dos 66.745 profissionais do Brasil legalmente habilitados para intermediar os contratos de seguro, segundo dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros, Previ­dência, Saúde e Capita­lização (CNSeg). "A figura do corretor é fundamental, pois ele trabalha como um representante do cliente diante da seguradora, e não o contrário", afirma Ednei Cesar de Andrade, gerente-regional da seguradora Mongeral Aegon.

Corretor há dois anos, Conrado Adão Glock, 43 anos, fez um curso de capacitação na área de seguros para pessoas, que deve crescer 20,35% neste ano, de acordo com dados da Federação Nacional de Previdência e Vida (FenaPrevi). Antes de entrar nesse ramo, Glock foi operador de câmbio e microempresário no Ceará. "Minha experiência no mercado financeiro me ajudou a entender melhor o funcionamento do mercado de seguros", aponta ele. Para aqueles que não possuem experiência, Glock diz acreditar que três ou quatro meses são suficientes para um bom começo na profissão. Ele faz questão de ressaltar que a palavra-chave é dedicação. "A grande diferença é que aqui ninguém me cobra nada", alerta o corretor, advertindo que, para alguns, a autonomia de trabalho do profissional pode significar um problema, e não uma vantagem.

Requisitos e vantagens

Para quem deseja ingressar na profissão o primeiro passo é obter o título de habilitação de corretor, conferido pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Só obtém a habilitação quem é aprovado pela Escola Nacional de Seguros (Funenseg), que oferece cursos de graduação e pós-graduação voltados para a formação e capacitação de profissionais do mercado de seguros. Depois de aprovado, o corretor está apto a atuar como profissional liberal. Outra vantagem é a formação de uma carteira vitalícia de clientes que, segundo a disposição do corretor para fidelizá-los, pode lhe render ganhos frequentes que vão compor a sua renda.

Quando o assunto é a remuneração, Andrade diz que os valores podem variar de R$ 1 mil a R$ 30 mil por mês, dependendo do tempo de serviço e do número de clientes de cada corretor. De acordo com o presidente da Escola Nacional de Seguros (Funenseg), Robert Bittar, o mercado de seguros vem experimentando um crescimento médio de 13% ao ano, ou seja, bem acima da média do PIB nacional, que é de 4,5%. Em 2010, a participação do setor de seguros no PIB nacional fechou em 3,6% – número que evidencia um grande potencial de crescimento a ser explorado pelas seguradoras e pelos profissionais nos próximos anos. "Só a nova classe média, que representa cerca de 30 milhões de consumidores, constitui um grande mercado em potencial", destacou Bittar. Para o ele, a dica é buscar a qualificação técnica que exige o mercado, sem esquecer que um bom profissional precisa ter facilidade de relacionamento com as pessoas.

Na página da Funenseg na internet (http://www.funenseg.org.br) é possível checar todos os cursos disponíveis pela instituição, e quais deles estão disponíveis em Curitiba.

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