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O engenheiro civil Carlos Wavel Chaves Filho, um dos poucos usuários do Foursquare em Curitiba: informação sobre os lugares com as melhores avaliações faz diferença | Arquivo pessoal
O engenheiro civil Carlos Wavel Chaves Filho, um dos poucos usuários do Foursquare em Curitiba: informação sobre os lugares com as melhores avaliações faz diferença| Foto: Arquivo pessoal

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No Brasil, poucos usuários

Enquanto em todo o mundo o Foursquare já conta com 500 mil usuários e 15,5 milhões de "check-ins", no Brasil o número de pessoas que usam o serviço ainda é bem pequeno. Um levantamento não oficial feito pelo empresário Maurício Maia, um dos fundadores da BuzzVolume, mostra que nas duas primeiras semanas de março foram contabilizados apenas 641 "check-ins" no país.

A cidade com o maior número de "check-ins" foi São Paulo, com 55% do total. Curitiba é a sétima com mais acesso, atrás também de Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Campo Grande e Brasília.

O uso do serviço ainda esbarra no acesso aos smartphones (celulares mais potentes) e às redes 3G.

Depois que o Twitter popularizou a questão "o que você está fazendo agora?", uma outra pergunta está motivando o surgimento de novas empresas de internet: "onde você está agora?". A ideia pode não agradar a todos, especialmente àqueles mais preocupados com a privacidade, mas os serviços de geolocalização que permitem responder à essa pergunta são apontados como o próximo grande passo das redes sociais.

Quem saiu na frente nesse mercado foi um programa chamado Foursquare, mistura de jogo, rede de contatos e guia de dicas da cidade. A ideia que move o Foursquare é simples: informar a seus amigos a sua localização. Cada vez que o usuário chega fisicamente a um estabelecimento – um restaurante, um bar ou uma faculdade – ele também pode fazer um "check-in" virtual pelo seu smartphone. Auto­maticamente, a lista de contatos dele no Foursquare é atualizada sobre a sua localização.

O diferencial do Foursquare em relação a outros serviços do gênero – Gowalla, Loopt, Google Latitude – é que ele foi além de apenas informar a localização dos usuários. O serviço criou um jogo que incentiva o aumento do número de "check-ins". A pessoa que mais faz "check-in" num determinado local, por exemplo, torna-se "prefeito" daquele estabelecimento. O usuário também recebe distintivos ("badges") de acordo com as características dos "check-ins".

Carlos Wavel Chaves Filho, engenheiro de produtos de uma indústria de informática e um dos poucos usuários do Foursquare em Curitiba, já possui dez distintivos – entre eles o de "Super User", por ter feito mais de 30 "check-ins" em um mês, e o "Local", por ter feito três "check-ins" em um único estabelecimento dentro do período de uma semana. "Eu achei muito divertido quando, em um feriado municipal, ganhei um badge "School Night" me dando os parabéns por fazer o ‘check-in’ em um lugar depois das 3 da manhã, num dia de semana que seria letivo (de acordo com o calendário americano)", diz ele.

Além de incentivar os usuários a sair de casa e a conhecer lugares novos, serviços como o Foursquare podem se tornar uma arma importante para as empresas. "O conceito de negócio aqui é que os usuários estão partilhando publicamente recomendações dos lugares que freqüentam", escreveu a revista Inc. Nos EUA, várias empresas fecharam acordos com o Foursquare. Quando alguém faz um "check-in" em algum local próximo de uma unidade da sorveteria Tasti D-Lite, por exemplo, ela recebe um alerta com uma oferta especial para que vá até o estabelecimento.

"O serviço pode ser um grande mapa de tendência de consumo dos usuários do site. Você consegue mapear os hábitos das pessoas, os locais mais badalados, os piores locais, os que têm o melhor serviço ou melhor comida. Hoje em dia, eu considero este tipo de informação uma das mais valiosas", afirma Wavel.

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