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O dólar caiu 0,61% nesta segunda-feira e atingiu seu menor valor em 52 meses. A moeda americana fechou cotada a R$ 2,249 na compra e R$ 2,251 na venda, menor preço desde 8 de maio de 2001. A perspectiva de ingresso de recursos externos ao país continua a impor quedas ao dólar. O mesmo acontece com o risco-país, que fechou em 352 pontos (baixa de 1 ponto) e se mantém no patamar mais baixo desde 1997.

Os ativos brasileiros se valorizam beneficiados pela combinação entre excesso de liquidez internacinonal e fundamentos econômicos internos positivos. À exceção da dívida pública, que vem crescendo, os números da economia mostram solidez.

O superávit de US$ 858 milhões da balança comercial na quarta semana de setembro confirmou o vigor das exportações, mesmo com a queda do dólar. O mês deve terminar com superávit superior a US$ 4 bilhões, um número considerado extraordinário.

Segundo João Medeiros, diretor da corretora Pioneer, uma das maiores de São Paulo, a tendência do dólar e de continuar caindo, visto que não há compradores expressivos no mercado. Ele afirma que vê duas opções para evitar uma depreciação muito maior. Uma delas seria a criação de mecanismos pelo Banco Central que favoreçam a apreciação do câmbio. A outra seria deixar o dólar flutuar até que o mercado se regule naturalmente.

- O BC não vai querer comprar dólares para aumentar suas reservas e impedir a queda da cotação. Para isso, ele teria de aumentar a emissão de reais ou de títulos públicos, o que aumentaria a dívida - afirma.

As projeções dos juros negociadas no mercado futuro fecharam perto da estabilidade, com leve indicação de baixa. O destaque do dia ficou por conta do Boletim Focus, uma pesquisa semanal do Banco Central feita junto a cem instituições financeiras.

Pela segunda semana seguida o mercado manteve inalterada a projeção de inflação para 2005, em 5,21%. Mas o destaque ficou por conta da projeção do IPCA para 2006, que ficou em 4,64%, contra 4,80%. A projeção de inflação para 2006 está muito próxima da meta (4,5%), o que animou o mercado.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 19,02% ao ano, contra 19,03% do fechamento de sexta-feira. O DI de julho do ano que vem ficou em 18,15% anuais, frente aos 18,18% anteriores. A taxa do DI de janeiro de 2007, o mais negociado, fechou a 17,64% anuais, contra 17,65% de sexta-feira. A taxa Selic é hoje de 19,50% ao ano.

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