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O dólar comercial fechou em queda pelo segundo dia consecutivo, com uma cotação muito parecida com a de terça-feira, antes do feriado de 7 de Setembro. A moeda americana caiu 0,17%, a R$ 2,319 na compra e R$ 2,321 na venda. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), os investidores aproveitaram o dia para realizar lucro, já que a bolsa acumulou alta nos últimos três pregões. O serviço viva-voz da Bovespa encerrou o dia em queda de 0,45%, com 28.724 pontos e volume financeiro de R$ 1,197 bilhão, abaixo da média do mês.

O risco-país, medido pelo J.P. Morgan, caiu 8 pontos, para 388 pontos-base. Segundo Alessandra Ribeiro, economista da Tendência, a melhor percepção de risco brasileiro ainda é reflexo do anúncio do Tesouro Nacional, na última terça-feira, de mais uma captação de dólares no exterior, com a emissão de papéis com vencimento em 2025 - a emissão de papéis anunciada será a primeira destinada a honrar os compromissos de 2006.

Mas a boa notícia hoje, pelo menos para o mercado de juros, foi a desaceleração da produção e a perspectiva de queda da Selic na reunião da semana que vem do Comitê de Política Monetária (Copom). Os contratos de juros futuros fecharam novamente em queda na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro, o mais negociado, fechou a quinta-feira em 17,65%, contra 17,82% no pregão de terça-feira.

Os contratos da virada do mês já previam queda de pelo menos 0,25 ponto percentual na Selic neste mês. O DI de outubro de 2005 fechou o dia em 19,55% (19,59% no pregão anterior). Para novembro de 2005, a taxa passou de 19,47% para 19,41%. O DI de janeiro de 2006 ficou em 19,05%, ante 19,10% de terça-feira.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial caiu 2,5% em julho, na comparação com junho. Em relação a julho de 2004, o índice mostrou expansão de 0,5%. Entre janeiro e julho, o crescimento acumulado é de 4,3%, abaixo dos 5% registrados no primeiro semestre do ano.

- A desaceleração da produção industrial reforçou as apostas na redução da Selic e abriu espaço para o mercado discutir uma queda de juro de meio ponto na reunião do Copom. Esse resultado da produção me parece um ponto fora da curva, mas, pelo menos, leva o mercado a acreditar em uma redução mais forte dos juros - disse Alessandra.

O preço do petróleo também foi acompanhado pelos investidores, mas houve tranqüilidade com a notícia de que os Estados Unidos receberão do governo espanhol a liberação de 70 mil barris diários de sua reserva nacional de petróleo durante 30 dias. A notícia foi somada à informação de que as plataformas de petróleo voltaram a operar no Golfo do México depois do furacão, o que pode amenizar a situação no país e reduzir o preço do barril.

Nos Estados Unidos, o destaque também ficou ainda com os dados de seguro-desemprego e do estoque atacadista. Segundo levantamento, caiu o número de trabalhadores americanos que solicitaram o seguro-desemprego até o dia 6 de setembro. Foram 319 mil pedidos, mil a menos do que no levantamento anterior. Os dados, no entanto, devem mudar depois da contagem nos estados que sofreram com o furacão Katrina na semana passada. Os estoques atacadistas americanos caíram 0,1% em julho e as vendas subiram 0,5% com um salto na demanda por petróleo.

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