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Os ativos brasileiros tiveram valorização generalizada na manhã desta quarta-feira, embalados essencialmente por fatores econômicos internos e externos. O dólar fechou a manhã em queda de 0,82%, cotado a R$ 2,274 na compra e R$ 2,276 na venda. O risco-país brasileiro marcava 374 pontos centesimais no final do período, com queda de 1,83% e menor patamar desde outubro de 1997.

O indicador foi criado em 1994. Seu menor patamar histórico, também de outubro de 1997, foi de 337 pontos.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não ficou de fora do otimismo e encerrou a primeira etapa do pregão viva-voz em alta de 0,75%, com 27.497 pontos e R$ 946,1 milhões em negócios. Cresceram os rumores de que o Comitê de Polític Monetária (Copom) irá reduzir os juros básicos da economia já em agosto, como sugeriram alguns relatórios de bancos.

Para isso contribuíram dois importantes índices de inflação divulgados pela manhã. O IPC-Fipe apontou taxa de 0,19% na primeira quadrissemana de agosto, contra 0,30% do mesmo período de julho. O IGP-M apontou deflação de 0,36% na primeira prévia, contra deflação de 0,09% no mesmo período do mês passado.

Já a queda do risco-país é resultado da valorização dos títulos da dívida externa brasileira. O Global 40, bônus global de 40 anos e título brasileiro mais negociado, tem alta de 0,54%, cotado a 119,40% do seu valor de face. A valorização dos ativos brasileiros e de outros papéis de países emergentes é gerada pela queda dos juros pagos pelos títulos do Tesouro americano. Depois que o Federal Reserve elevou a taxa de juros americana em 0,25 ponto percentual, cresceram as estimativas de que o ciclo de altas está perto do fim.

- Além do cenário interno positivo, o mercado de câmbio tem a tranqüilidade de que o Tesouro Nacional não vai comprar dólares agora, como foi anunciado ontem pelo secretário Joaquim Levy - disse o gerente de mesa de câmbio de um grande banco.

O cenário político continuou em segundo plano e não influenciou nos negócios, já que não há denúncias que atinjam o presidente Lula ou o ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Segundo profissionais do mercado, o age da crise política já teria passado.

- Os sinais de hoje indicam que persistirá os efeitos do "Valério Light" no depoimento de terça-feira, afastando os temores de que pudessem surgir fatos novos que envolvessem figuras centrais do governo, como o ministro da Fazenda e o presidente da República. Isso está provocando o relaxamento das tensões com a cena política - disse Sidnei Moura Nehme, diretor da corretora NGO.

Como efeito da desaceleração da inflação, as projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) operam em baixa. O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2007, o mais negociado, tem taxa de 17,56% ao ano, contra 17,58% do fechamento de terça-feira.

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