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Mesmo com os fundamentos econômicos internos positivos, o dólar fechou em alta de 1,10% nesta quinta-feira, cotado a R$ 2,378 na compra e R$ 2,380 na venda. A puxada foi reflexo principalmente da valorização do dólar frente ao euro, mas também contou com influência do cenário político interno. O risco-país brasileiro terminou o dia em 405 pontos centesimais, com alta de 0,75%.

No noticiário interno, um dos destaques do dia foi a divulgação dos números das contas correntes do país em julho. O superávit recorde de R$ 2,592 bilhões foi bem recebido, mas não chegou a gerar efeitos concretos no mercado de câmbio. Também mereceu atenção a notícia de que o fluxo cambial no país ficou positivo em US$ 152 milhões no mês, até dia 12.

No cenário político, concentrou as atenções o depoimento de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, na CPI do Mensalão. Paralelamente, uma série de outros "ruídos" geraram mal estar no mercado, que voltou a conviver com a tradicional boataria de quinta-feira. Para piorar, o esquadrão anti-bombas foi chamado para detonar uma mala suspeita no Senado.

- O dia foi de números positivos para a economia nacional, mas o mercado levou em conta outros fatores. Não fosse a crise política, o dólar já estaria em torno de R$ 2,20 - disse João Medeiros, diretor da corretora Pioneer, uma das maiores de São Paulo.

Medeiros afirma que outro agravante para o dia foi a greve de funcionários do Banco Central, que levou o Sisbacen (sistema eletrônico de registro de operações) a ficar fora do ar. Com isso, o volume de negócios ficou abaixo da média.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) foram ajustadas para cima, um dia depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A aposta majoritária do mercado de juros era mesmo de que a taxa Selic permanecesse inalterada na reunião. Mas uma parcela menor de investidores apostava em um corte de 0,25 ponto percentual, que não aconteceu.

O destaque do dia foram os índices de inflação. O IPC-Fipe apontou inflação de 0,07% na segunda quadrissemana de agosto, contra 0,19% da primeira. O IGP-M teve deflação de 0,49% na segunda prévia do mês, frente a uma queda de 0,25% no mesmo período de julho. Os dois índices reforçam a tese de que o Copom já poderia ter reduzido os juros em agosto.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro fechou com taxa de 19,62% ao ano, contra 19,51% do fechamento de quarta-feira. O DI de janeiro de 2006 teve a taxa elevada de 18,97% para 19,12% anuais. A taxa do DI de janeiro de 2007 subiu de 17,78% para 17,95% ao ano. A taxa Selic é de 19,75% anuais.

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