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Depois de uma sessão de poucos destaques o dólar fechou em baixa de 0,45% nesta sexta-feira, cotado a R$ 2,231 na compra e R$ 2,233 na venda. Mesmo com agressivas compras de recursos feitas pelo Banco Central, a moeda americana encerrou a semana com uma discreta alta acumulada, de 0,18%. Por volta das 17 horas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tinha baixa de 0,06%, aos 31.926 pontos.

A combinação entre juros elevados e superávits robustos da balança comercial, para os analistas, é a responsável pelas baixas do dólar neste ano. O Banco Central já comprou US$ 13,6 bilhões até outubro, mas não inverteu a tendência da cotação. Em outubro foram US$ 3,3 bilhões, cifra que deve se repetir em novembro.

- A única variável que tem mexido com o dólar são os "swaps" reversos do Banco Central. Mas mesmo com o BC intensificando as compras de dólares, a tendência que projetamos é de queda do dólar - disse João Medeiros, diretor da corretora Pioneer, uma das maiores do país.

Segundo Medeiros, a balança comercial deverá continuar a mostrar números bastante positivos, elevando ainda mais o superávit das contas brasileiras. Com isso, ele vê a continuidade do real valorizado, o aumento de reservas e a redução da dívida externa brasileira.

- Estamos vivendo uma situação inédita, e o Banco Central está aproveitando o momento - disse ele, ao comentar o reforço das reservas cambiais gerado pelas compras de dólares neste ano.

O feriado americano do Dia de Ação de Graças, na quinta-feira, fez o mercado dos Estados Unidos operar em meio-período nesta sexta. Com isso, o volume de negócios continuou reduzido. O Banco Central não promoveu leilão de "swaps" reversos, o que favoreceu a queda da cotação. Apenas o tradicional leilão de compra no mercado à vista foi realizado, pela taxa de R$ 2,2333. Na terça-feira, o BC vendeu US$ 501,5 milhões em "swaps", o que na prática equivale a uma compra de dólares no mercado futuro.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam próximas da estabilidade nesta sexta-feira, com leve indicação de alta. O mercado de juros teve como destaque na semana a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que terminou com um corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, agora de 18,50% ao ano.

No dia, os destaques foram os índices de inflação. O principal foi o IPCA-15. A taxa mostrou uma aceleração em novembro, passando de 0,56% para 0,78%. A pressão veio especialmente dos aumentos de custos de transportes e alimentos. O IPC-Fipe, teve inflação de 0,44% na terceira quadrissemana, abaixo do 0,53% da quadrissemana anterior.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,19% ao ano, contra 18,18% do fechamento anterior. A taxa de outubro do ano que vem subiu de 17,01% para 17,04% anuais. O DI de janeiro de 2007 ficou com a taxa estável, em 16,94% anuais.

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