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A alta no preço do petróleo voltou a influenciar o mercado financeiro nesta terça-feira. A moeda americana fechou o dia estável, a R$ 2,383 na compra e R$ 2,385 na venda, e o risco-país, que mede a capacidade de o Brasil cumprir com os seus compromissos, subiu cinco pontos, para 415 pontos-base. Os juros futuros não deram importância à queda de mais um índice de inflação, da Fundação Getúlio Vargas, e terminaram em alta na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) patinou durante à tarde, mas acabou fechando a terça-feira em alta de 0,80%. Foi a segunda alta consecutiva. O Ibovespa terminou o dia com 27.603 pontos e volume financeiro de R$ 1,240 bilhão.

Entre as ações mais negociadas estiveram Petrobras PN, Braskem PNA e Vale do Rio doce PNA. As principais altas foram de TIM Part ON (3,89%), Cemig PN (3,36%) e Cemig ON (2,94%). Entre as quedas estiveram Celesc PNB (1,70%), Telesp Celular PA PN (1,69%) e Ipiranga Pet PN (1,47%).

A Bovespa perdeu pontos quando as bolsas americanas aumentaram a queda, com a disparada do preço do petróleo. Na máxima, o Ibovespa atingiu 27.619 pontos. Na mínima foi para 27.339 pontos. Em Nova York, Dow Jones caiu 0,48% e Nasdaq teve redução de 0,36%.

CÂMBIO - O dólar comercial, que andou praticamente o dia todo à mercê do fluxo, só não foi totalmente atingido pelo petróleo, como em outros países, porque foi pressionado para baixo na formação da Ptax - a taxa média do dólar, que será usada na quinta-feira para a liquidação de contratos que vencem em setembro na BM&F.

- O petróleo é sempre uma ameaça. Nesse patamar, o petróleo acaba sendo uma ameaça a países emergentes como o Brasil. A disparado do preço afeta a economia mundial e reduz o apetite ao risco pelos investidores. Isso afeta o risco-país e a taxa de câmbio. A sustentação do preço nesses níveis torna necessário um ajuste em todos os mercados - disse Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos.

Para Hideaki Iha, operador de câmbio da Corretora Souza Barros, a disparada do petróleo atropelou os negócios nesta terça-feira. Mas ele lembrou que o mercado foi muito pequeno nesta terça-feira e ficou à mercê do fluxo.

JUROS - A nova alta do preço do petróleo fez os juros futuros subirem, apesar do recuo do Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), que recuou 0,65% em agosto (quarta queda consecutiva). Todos os contratos terminaram o dia em alta. Para janeiro de 2007, o contrato mais líquido, o Depósito Interfinanceiro (DI) passou para 18,07% ao ano, contra 17,99% do fechamento de ontem, segunda-feira.

O DI de janeiro de 2006 chegou a 19,13% (19,09% no pregão anterior) e o de abril de 2006 atingiu 18,66% (18,61% na segunda-feira). Para outubro do ano que vem, a taxa passou para 18,26% (contra 18,19% no dia anterior). O contrato de setembro de 2005 apresentou pequena alta, passando de 19,68% para 19,69%.

O cenário político não trouxe grandes novidades, com o depoimento de Juscelino Dourado, chefe do gabinete do ministro Antonio Palocci (Fazenda), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos. As atenções hoje também se voltaram para a divulgação, nos Estados Unidos, da ata do Federal Reserve. Os técnicos disseram que já estão vendo riscos de aumento da inflação. Segundo o Fed, apesar de o núcleo da inflação estar sob controle, ele já começa a estar girando em um ritmo próximo do teto.

BLACK - O dólar paralelo terminou o dia estável em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, a moeda fechou cotada a R$ 2,540 na compra e R$ 2,650 na venda e no Rio ficou em R$ 2,430 na compra e R$ 2,550 na venda. O dólar turismo em São Paulo também não sofreu alteração e terminou o dia a R$ 2,350 na compra e R$ 2,530 na venda.

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