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O mercado de câmbio deu continuidade ao movimento de correção de posições e levou o dólar a fechar em alta de 1,41% nesta quinta-feira, cotado a R$ 2,223 na compra e R$ 2,225 na venda.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) alternou altas e baixas durante todo o pregão desta quinta-feira e acabou fechando em baixa de 0,84%, com o Índice Bovespa em 32.480 pontos. O total de negócios somou R$ 1,947 bilhão. No movimento de iô-iô que durou o dia inteiro, o Ibovespa oscilou entre a máxima de +0,73% e a mínima de -0,86%.

Juros

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) minimizaram a alta do dólar e fecharam praticamente estáveis. O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril fechou com taxa de 17,46% ao ano, contra 17,47% do fechamento de quarta-feira. O DI de outubro teve taxa de 16,76% anuais, frente aos 16,75% anteriores. A taxa de janeiro de 2007 subiu de 16,63% para 16,66% anuais.

Risco

O EMBI+ Brasil, índice do Banco JP Morgan que mede o risco-país brasileiro, fechou em 324 pontos centesimais, em alta de 7 pontos. A alta aconteceu devido à desvalorização dos títulos da dívida externa, que atingiu também outros países emergentes. O risco-país da Argentina subiu 14 pontos e fechou a 488.

Bolsa

A instabilidade das bolsas americanas teve papel importante na correção de preços do mercado brasileiro. Repercutindo fatos como a alta do petróleo e a preocupação com o ritmo de crescimento da economia americana, investidores estrangeiros buscam realizar lucros nos mercados emergentes, entre os quais o Brasil vem se destacando.

Para se ter uma idéia dos ganhos dos investidores estrangeiros, o Índice Bovespa em reais acumula alta de 23,99% em 2004, enquanto o mesmo índice, dolarizado, acumula alta de 47,90%. Isso acontece porque o investidor que trocou dólares por ações ganhou duas vezes: uma com a valorização do real e outra com a valorização das ações.

Indefinições do cenário interno também ajudaram na correção das ações. A poucos dias da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado torce por um corte maior nos juros básicos da economia, como forma de compensar a queda de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). O BC nega alteração na política monetária, embora o governo cogite mudanças na política econômica.

Entre as ações que fazem parte do Índice Bovespa, as maiores quedas foram de Itausa PN (-5,40%) e Eletrobrás ON (-4,42%). As altas mais significativas foram de Telemig Participações PN (+5,17%) e Embraer ON (+2,20%).

Câmbio

A valorização do dólar nos dois últimos dias é atribuída a um movimento essencialmente técnico, com os bancos reduzindo posições "vendidas" no mercado futuro (apostas na queda do dólar). Algumas especulações sobre mudanças na política econômica geraram incertezas e também contribuíram para esse movimento de correção.

O operador Hideaki Iha, da corretora Souza Barros, explica que a zeragem de posições, ou realização de lucros, é normal nesta época do ano, porque dezembro é um mês com menos dias úteis. Mas ele afirma que a correção começou com a conclusão de que as posições "vendidas" dos bancos estavam exageradamente alavancadas, necessitando um ajuste.

- O movimento foi mais forte que o esperado, mas a atual taxa de câmbio ainda está longe de assustar. É preciso aguardar para ver se uma realização de lucros maior vai acontecer - disse Iha.

A quinta-feira foi de poucas notícias relacionadas ao câmbio. Com isso, os investidores olharam de perto os movimentos do mercado americano, que por sua vez está às voltas com a divulgação de indicadores de atividade econômica. Devido ao desempenho negativo daquele mercado, os títulos da dívida externa brasileira recuaram e o risco-país subia 5 pontos no final da tarde, aos 322 pontos centesimais.

Paralelo

O dólar paralelo negociado em São Paulo fechou estável nesta quinta-feira, cotado a R$ 2,33 na compra e R$ 2,43 na venda. O dólar turismo encerrou o dia em alta de 0,88%, a R$ 2,15 e R$ 2,30 na compra e venda, respectivamente.

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