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A economia brasileira cresceu acima do previsto no segundo trimestre do ano e a taxa de investimentos avançou. O IBGE informou que o Produto Interno Bruto (PIB) ganhou força e cresceu 1,4% entre abril e junho, em relação ao primeiro trimestre de 2005, e o acumulado no primeiro semestre do ano registrou crescimento de 3,4% sobre o mesmo período de 2004.

Em relação ao segundo trimestre de 2004, o crescimento foi de 3,9%. No acumulado em quatro trimestres, a taxa de crescimento ficou em 4,3%, quando comparada aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

A maior parte dos analistas previa expansão média em torno de 1,25% na comparação com o primeiro trimestre e de 3,5% na relação anual. Paulo Levy, economista-chefe do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) diz que a taxa de crescimento em termos anuais ficou bem acima da estimada pelo órgão, que em breve deverá ampliar sua previsão para o PIB de 2005, hoje de 2,8%.

A alta do PIB acima do previsto aconteceu mesmo com a taxa básica de juros nos maiores níveis do mundo. Para segurar a inflação, o Banco Central elevou a Selic sucessivamente desde setembro de 2004 e a alta só parou em julho último (a taxa passou de 16,25% ao ano para 19,75%).

A notícia de crescimento maior também acontece no momento em que a inflação está em um dos níveis mais baixos dos últimos anos, com as projeções apontando para uma taxa em 2005 muito próxima da meta de 5,1% estabelecida pelo governo.

Resumindo: a economia cresceu em um bom nível, com taxa de juros em alta e inflação em baixa. E melhor: a perspectiva é de que os juros voltarão a uma trajetória de queda já no mês que vem.

Outra ótima notícia é que, entre os componentes da demanda do PIB, a formação bruta de capital fixo - indicativo dos investimentos feitos no país - aumentou 4,5% em relação ao trimestre anterior, depois de cair por dois trimestres seguidos.

O consumo das famílias, que tem peso aproximado de 60% no cálculo do PIB, teve alta de 0,9%.

O consumo do governo cresceu 1,1%; as exportações de bens e serviços subiram 2,6% e as importações aumentaram 2,4%.

As Exportações de Bens e Serviços seguiram a trajetória de crescimento iniciada no segundo trimestre de 2003 e avançaram 2,6%.

A agropecuária cresceu 1,1% no segundo trimestre na comparação com o primeiro trimestre de 2005. A indústria teve expansão de 3% e os serviços, de 1,2%.

O IBGE também revisou os dados de crescimento do primeiro trimestre, de alta de 0,3 por cento para 0,4 por cento sobre o quarto trimestre.

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