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O dólar fechou perto da estabilidade nesta terça-feira, depois de ter operado em alta significativa na maior parte do tempo. A moeda americana terminou o dia em alta de 0,09%, cotada por R$ 2,337 na compra e R$ 2,339 na venda.

Mesmo com volume financeiro maior que o da véspera, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou perto da estabilidade pelo segundo dia consecutivo. A bolsa conseguiu escapar das perdas do mercado americano e fechou com alta de 0,22%, com o Índice Bovespa em 33.370 pontos. Os negócios totalizaram R$ 1,151 bilhão.

Juros

Em um dia de liquidez bastante reduzida, as projeções dos juros fecharam muito perto da estabilidade. A agenda econômica escassa não incentivou alterações nas posições. O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril fechou com taxa de 17,37% ao ano, sem alteração no dia. O mesmo aconteceu com os 16,34% do DI de janeiro de 2007. A taxa de outubro de 2007 subiu de 15,87% para 15,90% anuais.

Risco

Depois de ter descido ao seu piso histórico, o risco-país brasileiro fechou com leve alta. O EMBI+ Brasil terminou o dia aos 306 pontos centesimais, 2 acima do fechamento anterior. Na mínima do dia, o indicador chegou a ficar em 302 pontos, o menor patamar já registrado para fechamentos. Na Argentina, o risco-país local também subiu 2 pontos, para 500.

Câmbio

A constatação de que o Banco Central não compraria dólares no mercado à vista fez a cotação despencar. A moeda americana subia mais de 1% quando se esgotou o prazo hábil para o BC comprar dólares no mercado à vista. Em um minuto, a cotação chegou a cair 0,04%. Há mais de dois meses que o BC vinha comprando dólares diretamente dos bancos diariamente.

Já o leilão de contratos de swap reversos ocorreu normalmente. A operação, que equivale a uma compra de dólares futuros, terminou com US$ 376 milhões em contratos vendidos, de uma oferta total de US$ 400 milhões. O dólar chegou a bater a máxima de R$ 2,364 (+1,20%) e somente abandonou a forte alta com a certeza da ausência das compras do BC no mercado à vista.

O fato de o BC não ter comprado dólares dos bancos não surpreende os analistas, já que a liquidez do mercado está bastante reduzida. O BC tem por princípio não gerar volatilidade ou oscilações muito bruscas na cotação, e por isso pode ter evitado comprar nesta terça-feira. No mercado, no entanto, a presença ou ausência do BC acabam sempre por gerar especulações.

- O BC é quem vem mantendo o dólar em alta, mas o mercado continua "vendido". Na primeira oportunidade, as cotações voltam a cair - disse um operador de um banco nacional.

BOVESPA

O investidor estrangeiro continuou a mostrar boa vontade em relação aos ativos brasileiros. Na volta do feriado nos Estados Unidos, fundos e bancos voltaram a comprar títulos da dívida externa brasileira, o que levou o risco-país a cair para o piso histórico de 302 pontos, sendo o maior destaque do dia. Mas as bolsas americanas perderam fôlego, caíram e limitaram os ganhos no mercado brasileiro.

Petrobras PN, agora a ação mais importante do Ibovespa, fechou em baixa de 0,65%. Telemar PN, segundo maior peso no índice, recuou 0,71%. Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores altas ficaram com Telesp Celular Participações PN (+3,19%) e Tele Centro Oeste PN (+3,10%), ambas ações do grupo Vivo, que está em reestruturação. As maiores quedas ficaram com Celesc PNB (-2,04%) e Cemig ON (-2%).

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