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A presidente da República, Dilma Rousseff, pediu ontem a empresários do setor privado que ajudem o governo a criar 100 mil bolsas de estudo no exterior para aprimorar a formação de estudantes brasileiros. Isso reflete o atual momento do país, que sofre com a escassez de profissionais qualificados em diversas áreas. De acordo com o presidente da empresa de consultoria DBM para o Brasil e América Latina, Cláudio Garcia, a situação é mais preocupante em setores como a construção civil e as engenharias. No longo prazo, segundo ele, outras áreas da economia, como a de serviços, também serão impactadas pela falta de qualificação.

No entanto, apostar apenas no aprimoramento do funcionário não é o suficiente. As empresas de hoje precisam estar preparadas para trabalhar de forma mais madura com seus colaboradores, inclusive os executivos. "Maturidade significa que uma empresa precisa aprender a não se sentir rejeitada quando o indivíduo fala que não quer continuar nela. E o contrário também: o indivíduo ajudar a empresa na sucessão dele mesmo enquanto a empresa pode ajudá-lo a procurar um novo trabalho", afirma.

Pesquisa realizada com executivos brasileiros, no fim do ano passado, pela própria DBM, aponta para a necessidade de conversas mais francas dentro das organizações. Dos 770 entrevistados, 45% não querem ficar mais de três anos na mesma organização. Na opinião de Cláudio, essa situação deve ser considerada como um novo contexto ao qual as organizações terão de se adaptar, e não um problema: "Todas as empresas estão fazendo um esforço absurdo para reter as pessoas que elas querem. E o que a gente fala é: se você tentar reter, você vai perder". Cláudio está em Curitiba e ministra hoje, às 8 horas, no Estação Business School, uma palestra com o tema "Mercado de Trabalho: desafios e demandas diante de um contexto dinâmico". O evento é dirigido a executivos de organizações e é promovido pelas empresas DBM Sul e ACTA – Carreira, Transição e Talento.

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