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Atualizado às 20h01

Os exames feitos em algumas amostras do epitélio dos animais suspeitos de febre aftosa apresentaram resultados negativos. A Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) recebeu às 18 horas desta quinta-feira (10), por fax, a cópia de um relatório preliminar enviado pelo Ministério da Agricultura para o Mercado Comum Europeu.

De acordo com o diretor geral da Seab, Nilton Pohl Ribas, o documento é preliminar. "Veio em anexo uma listagem cronológica com apenas alguns resultados dos exames da pesquisa viral. Não vieram os resultados de todas as propriedades. As que veio, deu negativo", informou.

Perguntado sobre a quantidade de amostras que deram negativo e qual é a previsão da Seab para receber o laudo oficial, Ribas informou que essas e outras dúvidas seriam esclarecidas pelo vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, durante uma coletiva, ainda na desta quinta, em um hotel de Maringá, Noroeste do estado.

Antes mesmo de ter o laudo oficial em mãos, o governador Roberto Requião e o vice Orlando Pessuti confirmaram, no fim desta tarde, que o estado não tem aftosa.

Requião criticou a demora no envio dos resultados dos exames laboratoriais realizados pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), em Belém-PA, com os animais das fazendas dos municípios paranaenses de Loanda, Maringá, Amaporã e Grandes Rios.

"O que atrapalhou tudo foi a lentidão e uma ineficácia do laboratório que não tinha condições de isolar o vírus e completar os testes". disse.

Em Londrina, no Norte do estado, Pessuti lembrou que em momento algum, o estado deixou de adotar os procedimentos exigidos pela Organização Internacional de Epizootias (OIE). "Agora vamos reforçar ainda mais nossas ações de controle sanitário, principalmente nas regiões de fronteira, para evitar que o vírus entre em nosso estado futuramente", disse.

Ações

De acordo com a Agência Estadual de Notícias, o presidente do Sindicarnes, Péricles Salazar, defendeu que o transporte e comércio de produtos das regiões onde há propriedades interditadas sejam liberados o quanto antes. "O setor produtivo não pode continuar sendo prejudicado", disse.

Já o representante da Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ronei Volpi, afirmou que a luta contra a aftosa deve envolver todos os países do Mercosul.

Cronologia

A suspeita de que a febre aftosa havia chegado ao Paraná foi anunciada em 21 de outubro. Imediatamente, o governo estadual tomou medidas rigorosas para evitar a eventual propagação da doença. Ainda no dia 21, interditou as 40 propriedades que receberam bovinos vindos de Mato Grosso do Sul nos 60 dias anteriores ao foco – entre elas as quatro propriedades que abrigavam os 19 animais que apresentaram os sintomas, nos municípios de Loanda, Amaporã, Maringá e Grandes Rios.

Um dia depois, a Seab proibiu a realização de qualquer evento reunindo animais – feiras, rodeios e leilões. Como consequência do embargo internacional, os dois frigoríficos paranaenses voltados exclusivamente à exportação (Garantia e Margen) suspenderam o abate de bovinos. Produtores de leite tiveram que jogar fora milhares de litros do produto que era enviado in natura ao estado de São Paulo para pasteurização. O setor avícola teve retidos nas divisas carregamentos de carne, ovos e pintos.

Veja o que dizem os pecuaristas e donos de frigoríficos

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