• Carregando...

A confiança do consumidor brasileiro voltou a cair em julho, pelo segundo mês seguido, mostrou uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A instituição não descarta que a deterioração da confiança esteja relacionada com a crise política.

Sobre a situação presente, cresceu a parcela dos que consideram a economia em situação pior e diminuiu a dos que acreditam que a conjuntura econômica está melhor agora. Dos 1508 chefes de família entrevistados na Sondagem de Expectativas do Consumidor, em 12 das principais capitais do país, 11,9% avaliam a situação econômica do país como melhor que a de seis meses atrás, parcela inferior à de 12,8% apurada em junho. A proporção dos que a consideram a economia em situação pior aumentou de 35,6% para 37,3%, a maior desde abril de 2004.

FUTURO - Quanto às expectativas para os próximos seis meses, a confiança piorou bastante. A parcela dos consumidores otimistas em relação à situação do país no futuro (29,6%) é a menor da série histórica da pesquisa, iniciada em 2002. Por outro lado, aumentou o número de pessimistas quanto aos próximos seis meses: de 20,1% em junho para 22,3%.

A insatisfação com a situação presente e o pessimismo com o futuro vêm aumentando desde a edição da pesquisa de fevereiro, tendo sido interrompida apenas em maio, quando os indicadores ficaram estáveis. A instituição vê possibilidade de relação com a crise política, conforme diz num trecho do comunicado divulgado nesta sexta-feira:

"Nos quesitos relacionados à situação econômica do país, a piora foi novamente mais acentuada, indicando haver possibilidade de conexão entre a turbulência no ambiente político e a percepção do consumidor a respeito do país. No caso dos quesitos voltados às finanças pessoais dos entrevistados, a piora parece estar relacionada apenas à desaceleração do crescimento econômico".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]