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O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, admitiu nesta segunda-feira que o arrefecimento dos indicadores de inflação na semana passada foi "um dos componentes" considerados pela empresa ao decidir pelo reajuste dos preços dos combustíveis na última sexta-feira. Gabrielli também confirmou a influência do governo sobre as decisões da estatal.

- Toda empresa tem influência forte de seu acionista controlador através do Conselho de Administração, o que é normal. E foi isso o que aconteceu - disse.

O presidente da companhia afirmou ainda que outros fatores macroeconômicos foram considerados para a tomada da decisão:

- É evidente que estamos avaliando o impacto das ações da Petrobras sobre o conjunto das atividades econômicas porque somos um grande produtor e vendemos esse produto para 272 distribuidoras. No entanto, os preços das refinarias, que representam apenas um terço do preço final, têm um impacto grande sobre a demanda. Nós, como gestores do preço do nosso produto, temos que levar em conta em nossa política comercial todos os impactos que essa decisão tem sobre todos os aspectos, como a renda brasileira, a inflação, a balança comercial, a arrecadação dos estados, a nossa relação com as distribuidoras, os nossos competidores brasileiros etc - afirmou ele, ao participar do seminário "A Estratégia Brasileira para o Setor de Petróleo e Gás, realizado na sede da Firjan pelo Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), o Globo Online e O Globo.

Gabrielli disse ainda que a percepção da empresa foi de que a volatilidade dos preços no mercado internacional estava começando a cair.

- Os preços chegaram a US$ 70 e tiveram 10% de queda em uma semana, o que não é pouca coisa. E achamos que nesse momento já há a caracterização de um novo patamar e, em função disso, reajustamos o preço doméstico.

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