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Equipe da Oniria, de Londrina: empresa cria softwares para aplicação da gamificação | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Equipe da Oniria, de Londrina: empresa cria softwares para aplicação da gamificação| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Prêmio IEL

Até dia 10 de junho, estagiários do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) podem se inscrever na premiação que destaca as melhores práticas de estágio realizadas em empresas do Paraná. Para participar é necessário entrar no site www.ielpr.org.br. São quatro categorias: micro e pequena empresa, média empresa, grande empresa e Sistema Indústria. Os vencedores de cada categoria recebem R$ 2 mil, trófeu e certificado. Também serão reconhecidos o supervisor de estágio, o professor orientador, que receberão R$ 500 cada um, e a empresa. A entrega da premiação será no dia 23 de setembro. O regulamento e mais informações sobre o prêmio estão disponíveis no site www.ielpr.org.br/premioielestagio.

Passo a passo

O Grupo Gartner dá dicas de como implementar corretamente o processo gamificado em uma empresa. Rodrigo Martins de Sousa, diretor da Oniria, destaca que a prática não envolve necessariamente a utilização de um software. Carlos Valle, da Totvs, lembra de outras ações de relacionamento humano para garantir resultados positivos.

1– Defina os objetivos, as métricas e os resultados desejados. Considere também os comportamentos a serem reforçados, preservados ou alterados.

2– Entenda o que funciona em uma cultura particular. Nem todo mundo é motivado pelas mesmas técnicas e, mesmo dentro de uma única organização, pode haver muitas culturas diferentes. Cada grupo terá suas próprias motivações.

3– Atribua valor a cada atividade ou tarefa. Entenda como uma ação será recompensada e se o método será válido, sem criar outras práticas indesejáveis.

4– Crie um plano de interações e aumente os desafios para evitar a fadiga e promover engajamento.

5– Encontre as habilidades necessárias para fazer o design da interface de usuário, game design ou implementação.

O termo gamification, ou gamificação, é usado para designar o uso de estratégias e tecnologias típicas dos games fora do universo de entretenimento. Seu objetivo é simples: resolver problemas práticos enfrentados por um público específico.

A gamificação vem sendo aplicada com uma frequência cada vez maior no ambiente corporativo: uma pesquisa realizada pelo Grupo Gartner, especializado em consultoria para empresas de tecnologia, estima que até 2015 pelo menos 50% das empresas de inovação e pesquisa de todo o mundo utilizarão a técnica em seus processos de inovação.

Embora esse avanço ainda seja lento no Brasil, surgem algumas empresas especializadas em desenvolver games voltados para o ambiente corporativo. É o caso da Produtora de Softwares Oniria, de Londrina. Rodrigo Martins de Sousa, diretor da empresa, ressalta que é essencial não confundir a gamificação com um jogo. "A prática consiste em usar estratégias dos games no ambiente real da empresa. Se a empresa tem uma atividade muito monótona, onde existe resistência por parte dos colaboradores, com um índice grande de erro, a gamificação pode fazer com que as pessoas se sintam mais à vontade realizando a tarefa", explica.

A Totvs, especializada em desenvolvimento de software, utilizou a gamificação para aperfeiçoar seus procedimentos internos, em uma experiência que durou três meses. "Escolhemos o objetivo e, a partir daí, criamos um jogo em torno disso. A participação era voluntária. Tínhamos um local onde as pessoas recebiam o feedback, com sua pontuação e avanço no jogo. Nós percebemos um engajamento maior do time, por causa da competitividade", avalia Carlos Valle, diretor-executivo da empresa.

O uso da gamificação ainda é incipiente no país e oferece grande oportunidade para o desenvolvimento do mercado. Muitas empresas podem ser beneficiadas pela estratégia. "Pode ser adotado em qualquer tipo de organização, mas empresas maiores, ou com desafios de mobilidade, podem ter benefícios mais imediatos", avalia Valle. Para o executivo, a oportunidade não se limita aos processos corporativos. "Outra abordagem possível é o uso na capacitação de funcionários ou em cursos on-line, em que há dificuldade em reter atenção do aluno". Para Rodrigo Martins de Sousa, diretor da Oniria, a gamificação é "uma tendência mundial em soluções técnicas".

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