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As restrições comerciais impostas à carne bovina brasileira em função da febre aftosa não afetarão a meta estipulada pelo Ministério do Desenvolvimento de atingir US$ 117 bilhões exportados neste ano, afirma nota divulgada pelo Ministério. Em outubro, as vendas para o exterior chegaram à cifra de US$ 9,904 bilhões, número recorde para o mês.

"Vale lembrar que as medidas rápidas e eficazes do Ministério da Agricultura abrandaram o impacto da doença na balança comercial", afirma na nota o secretário na Armando Meziat. Ele explicou que a expectativa é que o setor de carne bovina exportasse US$ 2,6 bilhões em 2005 e que até outubro deste ano já foram vendidos para o exterior US$ 2,1 bilhões do produto. Segundo ele, na pior das hipóteses, até o final do ano, as exportações deste produto devem atingir US$ 2,3 bilhões. "As perdas serão muito pequenas para os números gerais da exportação brasileira".

Em outubro, mais uma vez, a exportação de manufaturados, produtos com alto valor agregado, puxou as vendas no mês e atingiu US$ 5,546 bilhões, devido, principalmente, ao aumento de receita nas vendas de gasolina (+460%), álcool etílico (+183%) e celulares (+58,4%). No acumulado do ano, janeiro a outubro, as manufaturas já representam 54% da pauta de exportação brasileira.

Já as vendas para o exterior de semimanufaturados e básicos chegaram a US$ 1,272 bilhão e US$ 2,857 bilhões, respectivamente. No primeiro caso, destaque para soja em bruto (+109%) e alumínio em bruto (+86,8%). Do lado dos básicos, soja em grão (+83%) e minério de ferro (+72%) foram os maiores crescimentos.

O secretário lembrou que, mesmo com este bom resultado, nesta segundo quinzena de outubro houve uma redução do valor exportado e importado. Segundo ele, o Dia do Servidor Público, na sexta-feira passada, apesar de ponto facultativo, provocou um movimento muito baixo. Por este motivo, explicou, a Secex vai avaliar o início de novembro para saber se este movimento de queda é uma tendência ou apenas um efeito sazonal.

Do lado das importações, todas as categorias de produtos, excluindo-se combustíveis e lubrificantes (-11,9%), apresentaram crescimento, se comparado com outubro de 2004: bens de consumo (+38,2%) bens de capital (+26,5%) e matérias-primas e intermediários (+1,0%). O secretário ressaltou que com a chegada do Natal, as vendas de bens de consumo tendem a apresentar um aumento maior.]No acumulado do ano, as exportações de janeiro a outubro, US$ 96,623 bilhões, já superam o valor exportado em todo o ano passado, de US$ 96,475 bilhões. Neste período, as importações chegaram a US$ 60,273 bilhões, resultando num saldo positivo (exportações menos importações) de US$ 36,350 bilhões. Para 2005, a expectativa do MDIC é atingir US$ 117 bilhões em vendas para o exterior.

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