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O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) saiu de uma inflação de 0,40% em novembro para ligeira deflação de -0,01%, no mês de dezembro, fechando o ano de 2005 - marcado pela valorização do real - com alta acumulada de 1,21%, informou nesta quinta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). É a menor taxa desde que o índice começou a ser calculado, em 1989. Em 2004, o IGP-M havia subido 12,41%. A menor taxa até agora havia sido registrada em 1998 (1,78%).

O IGP-M é o indicador usado no reajuste das tarifas de energia e da maioria dos contratos de aluguel. Um percentual menor na taxa deve significar reajustes menores também. Os preços de alimentos in natura e matérias-primas ajudaram a manter o índice em um patamar baixo durante todo o ano de 2005.

A deflação registrada em dezembro foi a sexta medida pelo IGP-M no ano. O índice já apurara queda geral de preços por cinco meses seguidos: de maio a setembro.

A taxa veio abaixo do esperado pelo mercado. Segundo pesquisa do Banco Central (BC) com economistas de cem instituições financeiras, a expectativa para dezembro era de alta 0,05% do IGP-M. Para o ano, as apostas eram de variação positiva de 1,26%. Para o fim de 2006, o mercado espera que o IGP-M acumule alta de 4,55%.

Dezembro

Em dezembro, houve forte queda nos preços no atacado, embora a taxa para o consumidor tenha subido. O Índice de Preços no Atacado (IPA-M), com peso de 60% na taxa geral, caiu de 0,40% em novembro para -0,27% este mês; já o Índice de Preços ao Consumidor ( IPC-M), que compõe 30% do IGP-M, teve sua taxa de variação aumentada de 0,46%, em novembro, para 0,52%, em dezembro; e o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) também subiu de 0,29% em novembro, para 0,38% em dezembro.

Os produtos agrícolas no atacado caíram de 0,99% para 0,30%; já os produtos industriais saíram de uma variação positiva de 0,21 no mês passado para queda de 0,45% em dezembro.

Segundo um comunicado da FGV, os grupos de despesas que mais pesaram no bolso do consumidor foram os "educação, leitura e recreação" e "habitação". Os gastos com lazer subiram de 0,12% em novembro para 0,57% este mês. Esta aceleração foi influenciada pela alta dos itens show musical (-0,70% para 4,36%) e hotel (-0,71% para 1,81%). Já os gastos com habitação subiram de de 0,15% para 0,25%, ainda segundo a FGV, em função do avanço da taxa do item tarifa de eletricidade residencial, que subiu de 1,33% para 1,69%.

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