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Os números apresentados pela balança comercial do Brasil, relativos ao mês de outubro, ainda podem ser considerados muito positivos já que não refletem, na sua totalidade, o impacto da febre aftosa sobre as exportações. A análise foi feita nesta terça-feira pelo vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), José Augusto de Castro.

- Em novembro e dezembro, os números deverão mostrar esse impacto de forma mais intensa. Em outubro, quem ainda tinha estoques (de carne), exportou esses estoques - analisou.

Segundo o dirigente, em outubro, a desaceleração nas vendas externas do país foi registrada de forma mais acentuada na quarta semana do mês em conseqüência, sobretudo, do acirramento da greve dos auditores fiscais da Receita. Mas, conformoe frisou, os embargos à carne brasileira, decorrentes da descoberta dos focos da doença em Mato Grosso do Sul, contribuíram também para a redução do ritmo exportador.

- Na penúltima semana de outubro, a queda foi inclusive uniforme; houve redução nas exportações e também nas importações. A média foi de 20%, o que mostra que houve um problema comum para quem exportava e para quem importava, e sse problema foi a greve na Receita - explicou.

José Augusto de Castro considerou normal a média diária das exportações no mês, de US$ 495,2 milhões, cifra que só diminuiu precisamente na penúltima semana, para US$ 404,6 milhões.

A informação divulgada pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, de que o embargo dos países importadores à carne brasileira deverá se estender até dezembro, é vista pelo vice-presidente da AEB como uma boa notícia. É que, conforme observou, as restrições, nesses casos, costumam durar seis meses em média, o que não deverá ocorrer, no caso do Brasil, "caso nenhum outro problema surja até o fim do ano".

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