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Bruno Branco, da Iesde: empresa funciona como uma “fábrica de conteúdos” e mantém área específica para materiais didáticos voltados à preparação para concursos | Daniel Derevecke/ Gazeta do Povo
Bruno Branco, da Iesde: empresa funciona como uma “fábrica de conteúdos” e mantém área específica para materiais didáticos voltados à preparação para concursos| Foto: Daniel Derevecke/ Gazeta do Povo

Exemplo

Curitibana tem 700 funcionários

Da Redação

Fundada há dez anos, a empresa curitibana Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino (Iesde) tornou-se um fenômeno na área de produção de conteúdo didático para o setor educacional, tendo uma área dedicada apenas para concursos públicos. Hoje, com unidades em sete cidades, a empresa possui mais de 700 colaboradores. "A Iesde funciona como uma fábrica de conteúdos. Não somos uma instituição de ensino, mas uma empresa que produz e oferece material didático para universidades e escolas", explica Bruno Branco, gerente de marketing da Iesde. "Além disso, também oferecemos cursos de idiomas, informática e para concursos, que são comercializados diretamente, sem o intermédio de uma instituição de ensino", conta. A empresa traz a Curitiba, onde ficam localizados os estúdios, professores renomeados em suas áreas, e realiza a gravação de vídeos de aulas roteirizados com animação e gráficos com tecnologia em terceira dimensão (3D). "Enviamos material em qualquer formato, de pendrive, DVDs, MP4 ou livros eletrônicos a todo o Brasil", diz o gerente.

Serviço: http://www.videolivraria.com.br

São Paulo - Os números do que já se convencionou chamar de a "indústria dos concursos" são superlativos. Atualmente, existem mais de 60 concursos com inscrições abertas, que somam 200.572 vagas e salários que podem chegar a R$ 20 mil por mês, segundo o diretor de marketing e projetos da editora Jornal dos Concursos, José Ricardo de Oliveira, em um resumo do ambiente da disputa.

A própria expansão da editora, acelerada nos últimos quatro anos, é um retrato do impulso que a área de concursos públicos atingiu no governo Lula. A empresa, uma das pioneiras no segmento, foi fundada por seu pai há 29 anos. "A circulação do ‘Jornal dos Concursos’, o nosso primeiro produto, pulou de 10 mil exemplares para 80 mil. Tínhamos oito jornalistas e hoje contamos com 18, fora os 50 profissionais de outras áreas", diz Oliveira. "Somos agora uma empresa multimídia, com uma agência de notícias sobre concursos cujo conteúdo vendemos para todo o Brasil." O site da editora, que em 2004 registrava 300 mil acessos mensais, passou para mais de 2 milhões por mês este ano, segundo o diretor.

Acreditando que o mercado ainda absorve novos investimentos, a editora vai organizar em março, em São Paulo, a primeira feira do concurso – evento que já acontece no Rio de Janeiro há seis anos.

Levantamento com dados da Pesquisa Nacional de Amostragem de Domicílios, o PNAD, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima que 10 milhões de brasileiros buscam uma vaga no serviço público. A pesquisa considera todos os candidatos, não só os que estão matriculados em cursos preparatórios, mas também os que estudam em casa.

Um dos maiores estímulos para toda essa disposição em batalhar um lugar, em especial na esfera federal, explica-se pelos reajustes dos últimos oito anos. Os salários da União tiveram aumento real de 75%, enquanto o aumento médio do setor privado foi de 9% acima da inflação no período. "Salário, estabilidade, benefícios e aposentadoria quase vitalícia são os principais fatores que atraem os candidatos", considera Oliveira.

Nos últimos anos, proliferaram na internet ofertas de cursos e sites que monitoram o universo dos concursos públicos. O megaportal Google, que administra a ferramenta Adwords para anúncios ligados ao processo de buscas dos internautas (propaganda chamada de "link patrocinado"), viu o investimento de seus clientes voltados ao segmento de concursos públicos aumentar 43% no ano passado, comparado a 2008.

A demanda na Era Lula é ta­­ma­­­nha que, em 2004, também foi criada a Associação Nacional de Apoio e Proteção aos Concur­sos (Anpac). Em seu site, a associação diz que as principais organizadoras de concursos do país movimentaram milhões por anos e o setor mais que dobrou de tamanho nos últimos quatro anos.

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