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Com o barateamento da tecnologia wi-fi, as redes sem fio, antes exclusividade de ambientes públicos como aeroportos, cafeterias e shoppings, começam a chegar aos ambientes domésticos. Montar uma rede wi-fi em casa era impensável até há pouco tempo. Primeiro, porque o preço dos equipamentos era alto demais; segundo, porque a tecnologia ainda não tinha alcançado o auge de sua maturidade. Pois bem, pelo frigir dos ovos, 2005 já pode ser considerado o início de uma revolução sem fio que pode chegar mais rápido do que se imagina à casa de todos nós.

Conforme matéria da Gazeta do Povo desta segunda, o que não falta é interesse por parte da indústria. Depois que fabricantes de portáteis como Intel e de equipamentos para comunicação sem fio como D-Link e Trendware investiram pesado em equipamentos e na difusão da tecnologia, as operadoras de telefonia fixa e também as de telefonia móvel decidiram vender a dobradinha preço/facilidade e tirar os cabos da casa dos clientes e, de quebra, ganhar mais com os serviços que vêm a reboque.

Várias operadoras de telefonia fixa já oferecem conexão sem fio para ambientes domésticos. Agora, começam a correr atrás de simplificar o processo e, com isso, angariar mais clientes. A Brasil Telecom, por exemplo, acabou de lançar o Kit Turbo Wi-Fi com instalação simplificada. Junto com a fornecedora D-Link, a operadora criou um software especial de auto-instalação para dar mais segurança ao cliente na hora de configurar, sozinho, sua rede sem fio em casa. "Quando pensamos em lançar este produto, encontramos duas barreiras: a primeira era o preço, alto demais; a segunda, a dificuldade de instalação. Por isso, criamos um pacote que fosse capaz de derrubar, ao mesmo tempo, estas duas barreiras. Criamos um processo simplificado e seguro, com chave de segurança incluída", diz o gerente de banda larga da BrT, Ildeu Randolfo Borges.

SoluçãoA solução criada pela D-Link para o BrTurbo usa padrão 802.11g e roda em velocidade de 54 Mbps e 2,4 Ghz de freqüência. E aí entra outra tendência de mercado: se antes só falava-se em 802.11b, agora, este foi substituído pelo 802.11g, que tem taxa de transferência superior (54 Mpbs contra 11 Mbps).

Hoje, por R$ 800 o cliente já pode adquirir o pacote de equipamentos que permite a conexão sem fio via BrTurbo. Se quiser comprar o mesmo equipamento no varejo – lojas de informática e em supermercados – o cliente vai pagar um pouco mais, porque neste caso os equipamentos não são subsidiados. "Em 2004, a tecnologia wi-fi começou a ser aceita. Este ano, virou moda em shoppings, aeroportos, cafés. Somos a bola da vez", diz o gerente de produtos para retail da D-Link, Wilson Neto.

Móveis

As operadoras de telefonia móvel botaram o bloco na rua e já carregam a bandeira do acesso sem fio em alta velocidade usando tecnologia wi-fi. "O wi-fi ajuda a liberar capacidade de transmissão de dados na rede celular. Com o wi-fi é possível usar o alto fluxo de dados, só que em uma rede paralela", diz o diretor de serviços de valor agregado da Claro, Marcos Quatorze. "Além disso, uma antena de celular custa dez vezes mais que uma antena wi-fi. Hoje, com R$ 70 eu consigo manter uma antena Wi-Fi."

Quatorze acredita no sucesso não só do wi-fi como solução única de acesso à internet como no casamento dos sistemas de transmissão de dados da rede GSM (GPRS ou EDGE). "A solução, do ponto de vista da relação custo-benefício, é fantástica. Em alguns lugares do mundo, a combinação wi-fi e GSM tem mais utilidade que o 3G, a terceira geração dos celulares. É mais barato incorporar o wi-fi do que mudar toda a rede celular", anima-se.

Batizado de Claro Wi-Fi, o serviço wireless da Claro é oferecido para o modelo Qtek 9090 e a placa Sony Ericsson GC 89 através de diversos planos que podem sair a partir de R$ 45 mensais.

A Vivo já aposta no tráfego de dados via sistema celular de terceira geração. Talvez por isso, se mostra reticente sobre o acesso via tecnologia wi-fi. A operadora decidiu apostar em placas CDMA1x e EVDO para o acesso sem fio.

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