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Depois de apresentar variação de 0,11% em julho e de subir para 0,28% em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) caiu para 0,16% em setembro, acumulando 4,08% no ano e 5,95% nos últimos doze meses, ou seja, de outubro de 2004 a setembro deste ano. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira, que também informou a variação do IPCA-E do 3º trimestre: 0,55%.

No caso do IPCA-15, os preços para cálculo do mês foram coletados no período de 12 de agosto a 12 de setembro e comparados com os preços vigentes de 13 de julho a 11 de agosto.

Em setembro, os principais itens que fizeram ao índice recuar foram telefone fixo e combustíveis. Já produtos alimentícios e artigos de vestuário mantiveram trajetória de queda. No caso da conta de telefone fixo, principal causa da alta do IPCA-15 de 0,11% em julho para 0,28% em agosto, o índice caiu para 0,16% em setembro. Absorvida quase a totalidade do reajuste anual dos serviços de telefonia fixa, a variação do valor da conta média passou de 3,39% para 0,13% de agosto para setembro.

Da mesma forma, os combustíveis, que haviam subido no mês anterior, caíram no período de referência do índice. A gasolina passou de 1,14% para -0,19%, uma vez que o reajuste autorizado para as refinarias no dia 10 de setembro não teve reflexo efetivo sobre os preços praticados nos postos de distribuição ao consumidor. Já o álcool, após alta de 4,22% em agosto, apresentou queda de 0,66% em setembro.

Os produtos alimentícios (de -0,67% para -0,60%) e os artigos de vestuário (de -0,06% para -0,10%) mantiveram a trajetória de queda. Dentre os alimentos, os destaques foram as quedas dos produtos in natura: batata-inglesa (-19,77%), tomate (-13,37%) e cebola (-10,98%). Já o feijão com arroz, combinação mais tradicional da cozinha brasileira, também ficou mais barato: O arroz caiu 2,29%; o feijão preto teve queda de 2,73% e o feijão carioca chegou a custar menos 8,35%. Também caíram os preços dos ovos (-3,60%), da farinha de mandioca (-3,19%), do leite pasteurizado (-2,16%) e de outros alimentos.

Entre as altas, ainda nos produtos alimentícios, os destaques foram os aumentos registrados no açúcar refinado (2,09%), frango (1,77%), açúcar cristal (1,48%) e café (1,41%). O maior impacto individual (0,06 ponto percentual) no índice, no entanto, foi exercido pela taxa de água e esgoto, cuja conta subiu, em média, 3,24%, reflexo dos aumentos nas regiões metropolitanas de São Paulo (3,58%) e Belém (17,51%), além do Rio de Janeiro (9,67%), onde, apesar do desconto concedido pela empresa a partir de setembro, foi incorporado o reajuste vigente desde agosto.

Já os salários dos empregados domésticos, que passaram de 1,86% em agosto para 1,82% em setembro, continuaram mostrando reflexos do aumento do salário-mínimo ocorrido em maio, quando o valor passou de R$260,00 para R$300,00. A defasagem entre o reajuste e a apropriação no índice tem por base razões metodológicas.

Outras altas que também influenciaram o índice de setembro foram: plano de saúde (0,96%), automóveis usados (1,13%), condomínio (1,20%), e passagens aéreas (6,85%).

Entre as regiões, o maior resultado foi registrado na região metropolitana de Belém (1,04%), devido aos aumentos verificados nas tarifas de água e esgoto (17,51%), energia elétrica (5,82%), ônibus urbano (5,04%), gasolina (1,93%) e remédios (1,52%). Por outro lado, Goiânia (-0,28%), Porto Alegre (-0,11%) e Recife (-0,05%) tiveram deflação em setembro.

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