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A dona da Daslu, Eliana Tranchesi, terá de fazer uma acareação na sede da Polícia Federal, em São Paulo, com o irmão dela, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, e o contador Celso Lima, sócio da importadora Multimport. A juíza Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara Federal Criminal de Guarulhos, aceitou pedido do Ministério Público e determinou que seja realizada neste sábado pela Polícia Federal uma acareação entre os três.

A presença de Eliana Tranchesi na acareação neste sábado é incerta, pois é preciso que antes ela receba uma intimação. Na última quarta-feira ela passou cerca de 10 horas presa e foi solta após prestar depoimento. Caso não seja intimada, a acareação deve ser feita na semana que vem.

O pedido do MP foi feito porque os depoimentos foram contraditórios. "Os depoimentos de quarta-feira mostraram divergências. Quero esclarecer quem cuidava do controle gerencial da empresa e quem tinha responsabilidade pelas compras", afirmou o procurador Matheus Baraldi Magnani, do Ministério Público Federal.

Segundo o Ministério Público, os três participavam ao lado do empresário Christian Polo, da importadora By Brasil, que está foragido, de um esquema de sonegação fiscal. Os quatro são acusados por crimes de sonegação, descaminho (importação ilegal de produtos), falsificação de documentos e formação de quadrilha.

A Daslu trocava notas fiscais verdadeiras por outras falsas, onde o valor da mercadoria era subfaturado (constava com valor menor) para não pagar os impostos correspondentes à importação, como o Imposto de Importação.

Em seu depoimento na quarta-feira, Eliana afirmou que a administração financeira da Daslu era de responsabilidade de seu irmão. Ele, por sua vez, disse que não sabia quem cuidava do setor de compras da loja. Eliana disse ainda no depoimento que cuidava apenas do marketing e do "glamour" da marca. "Se o dono da loja não sabe quem compra produtos para a loja, quem é que sabe? O Saci-Pererê?", indaga o procurador.

Nesta sexta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) também negou pedido de hábeas-corpus apresentado pelos advogados dos acusados. O pedido foi negado pelo presidente do STJ, Édson Vidigal. A prisão temporária do irmão de Eliana e de Celso Lima vencem neste domingo. O procurador ainda não decidiu se pedirá prorrogação.

De acordo com o procurador da República Matheus Baraldi Magnani, a prisão foi determinada para evitar que os suspeitos destruíssem provas materiais.

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