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Laíse, da Amcham, diz que pesquisa mostra papel da cultura para a produtividade corporativa | Henry Milléo / Gazeta do Povo
Laíse, da Amcham, diz que pesquisa mostra papel da cultura para a produtividade corporativa| Foto: Henry Milléo / Gazeta do Povo

Formação

Para executivo, líderes precisam aprender a comunicar valores

Raimundo Ramos, executivo de Recursos Humanos da Volkswagen, apontado como o profissional de Recursos Humanos mais admirado do país em 2014, diz que a preparação dos líderes é um dos principais desafios do setor na atualidade, já que eles precisam estar prontos para lidar com uma realidade cada vez mais dinâmica. "As pessoas estão buscando inovação, precisamos de líderes que vejam sua equipe de forma diferenciada e que tenham capacidade de influenciá-la e permitir que tragam novas ideias". Ele aponta ainda como fator decisivo a empresa deixar claro ao colaborador o significado de seu negócio. "Hoje as pessoas buscam um propósito. Os mais jovens, principalmente, avaliam muito se os valores da organização são coerentes com os seus próprios".

A pesquisa "Gestão de Pessoas no Mercado Paranaense: Cultura, Clima e Performance", realizada em Curitiba pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), apontou que o estilo gerencial de qualidade é o fator mais importante no estímulo ao aumento da produtividade nas empresas. A remuneração aparece em sexto lugar.

Em parceria com o Marknet (Núcleo de Pesquisa de Mercado da Universidade Tuiuti do Paraná), a Amcham fez um mapeamento da gestão de pessoas em 103 empresas curitibanas dos segmentos de indústria, comércio e serviços. "O cenário mostra a importância de uma cultura organizacional com foco em performance. Cada vez mais as empresas bem sucedidas falam em mudança de cultura, o que é decisivo no alcance de resultados", diz Laíse Dolinski, coordenadora regional da Amcham Brasil.

Depois do estilo gerencial, aparecem como prioridades para a produtividade a clareza quanto às responsabilidades e importância de cada funcionário, a orientação para resultados, a integração entre setores e as condições físicas de trabalho, todos considerados mais importantes que salário e benefícios, segundo as empresas participantes.

Apesar disso, a remuneração ainda é o maior investimento das empresas em gestão de pessoas, sendo prioridade de 32% das empresas, seguida de gastos com treinamento e desenvolvimento, que aparecem como prioridade para 24% das companhias. Chama atenção ainda a informação de que 62% das empresas consideram que o número atual de colaboradores não atinge os resultados esperados, especialmente nos segmentos de comércio (71,4%) e serviços (72,3%).

Para engajar os colaboradores na mudança organizacional, mais de 40% priorizam a comunicação interna, seguida por clareza quanto aos objetivos da empresa (39,8%). "O principal desafio é um bom planejamento voltado para a cultura organizacional e adequar isso às expectativas dos funcionários. Mais que um bom salário, as pessoas buscam reconhecimento e realização, um trabalho no qual se sintam relevantes para a empresa", diz Laíse.

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