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Manter boas conexões no trabalho aumenta eficiência do profissional

Pesquisa mostra que funcionários mais atuantes dentro de redes internas têm melhor desempenho, mas empresas ainda precisam aprender a lidar com esses dados

Ronaldo Rangel: líder  pode ser identificado por sua rede de influência. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Ronaldo Rangel: líder pode ser identificado por sua rede de influência. (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

Aquele grupo de WhatsApp e a troca de mensagens de e-mail ou pelo Facebook com seus colegas de trabalho pode ser algo bem mais útil do que apenas uma ferramenta para compartilhar fotos ou organizar o happy hour. Essas plataformas podem ser grandes aliadas das empresas na hora de identificar o potencial de seus funcionários, prever desempenho e até mesmo encontrar futuros líderes.

Um levantamento feito pela norte-americana VoloMetrix revela uma relação entre as interações entre funcionários e seus resultados. Especializada em softwares de análise de dados, ela monitorou o comportamento de funcionários em redes internas e percebeu que os membros mais atuantes também se destacavam em outros setores.

Esses grupos são uma evolução das redes internas existentes em qualquer companhia. A diferença é que, ao serem levadas para o ambiente digital, elas geram dados que podem ser quantificados e qualificados — e são essas informações que as empresas estão começando a usar para mensurar e prever seu desempenho e o dos funcionários.

Um dos pontos destacados pela VoloMetrix aponta exatamente essa questão de performance. Em um dos escritórios analisados, as pessoas com os melhores resultados tinham redes consideradas fortes 36% maiores que a média, enquanto aqueles que estavam rendendo menos estavam 6% abaixo dos demais. Isso ajudou a prever o desempenho dos funcionários de maneira muito mais precisa que um gestor faria.

Cultivando líderes

A proatividade é uma das características relacionadas às redes fortes, como aponta o professor e coordenador dos cursos de RH da Faculdade OPET, Ronaldo Rangel. Para ele, esses grupos ajudam a revelar competências implícitas, como resolução de problemas, engajamento e outras habilidades úteis para a vida corporativa.

A liderança é outra dessas capacidades identificadas pela análise dos dados das networks digitais. Elas podem mostrar à empresa o potencial de cada funcionário e auxiliar na hora de encontrar aqueles com um perfil de líder. “Em momentos de crise, quando você não pode desperdiçar dinheiro, é importante fazer investimentos precisos em quem realmente tem algo a oferecer. Assim, saber quem são essas pessoas é mais do que fundamental”, aponta Rangel.

Para o professor, isso ajuda até mesmo na hora de definir quem deve receber uma promoção, pois aponta quem está realmente alinhado com os valores organizacionais. “Quando uma pessoa toma uma atitude e assume um posicionamento, ela passa a se destacar. Ela demonstra coragem, opinião e, por isso, se difere dos demais”, conclui.

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