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Carro elétrico Pompéo, destaque do prêmio, terá protótipos até o fim de 2010 | Divulgação
Carro elétrico Pompéo, destaque do prêmio, terá protótipos até o fim de 2010| Foto: Divulgação
  • Confira as ganhadoras da terceira edição do Prêmio Ozires Silva de Empreendedorismo

Seis projetos paranaenses foram reconhecidos na terceira edição do Prêmio Ozires Silva de Empreen­dedorismo, na semana passada. Em comum entre eles a preocupação em aliar desenvolvimento tecnológico com preocupação am­­biental. Realizado pelo Isae/FGV, em parceria com a Rede Para­naense de Comunicação (RPC), a premiação destacou o trabalho do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), que, além de ter levado o troféu na categoria Cívico/Público, teve quatro empresas incubadas na lista de ganhadores.O prêmio do parque em si, pelo projeto "PTI: Fabricando Empreen­dimentos a Serviço da Sustenta­bilidade", foi recebido em parceria com o Centro Internacional de Hidroinformática (CIH). Segundo a Itaipu Binacional, o trabalho iniciado em 2008 uniu 187 pessoas, de instituições de ensino superior de Foz do Iguaçu, Medianeira, Cascavel, Toledo e Marechal Cândido Rondon, e culminou na criação de sete empresas na região Oeste do Paraná – todas elas ligadas à economia sustentável.De acordo com o coordenador do CIH, Cícero Bley, quando os projetos de planejamento ambiental começaram a ser discutidos, havia a opção de trazer grandes empresas e universidades para executá-los. Porém, a Itaipu e o CIH optaram por criar uma estrutura regional. O resultado, segundo Bley, é que hoje essas empresas desenvolvem projetos de alta qualidade e mobilizam a atenção de agências de fomento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Francesa de Desenvolvi­mento. "O Brasil tem dinheiro para investir em projetos de sustentabilidade. O que falta são bons projetos. Essas empresas desenvolveram mais de cinco mil projetos de planejamento ambiental, que estão se tornando referência nacional", afirmou Cícero. Quatro empresas participantes desse programa também acabaram recebendo o Prêmio Ozires Silva. Uma delas foi a Ecovis, que se destacou entre as pequenas empresas com o "Programa de Monitoramento Participativo da Qualidade da Água de Rios". De acordo com a bióloga Elaine Bartozek, uma das sócias da empresa de Foz do Iguaçu, o projeto é desenvolvido com voluntários em 18 microbacias distribuídas em 11 municípios da Bacia do Paraná. O trabalho gera um relatório sobre a qualidade da água para as prefeituras da região. CriançasEntre as grandes empresas, o prêmio ficou com o Instituto HSBC, que desenvolve o "Programa HSBC de Educação". O trabalho surgiu em Curitiba no ano de 2001, quando crianças e adolescentes de casas lares (antigos orfanatos) passaram a receber reforço escolar, seguro saúde, avaliações físicas e seguro odontológico, além de participarem do tradicional Coral de Natal do HSBC. "Percebemos que as crianças que cantavam nas janelas do Palácio Avenida não estavam conseguindo retornar para as suas famílias e a cada ano revíamos a maioria delas. Queremos efetivamente contribuir com a mudança de processos que envolvem a questão da adoção e retorno familiar, atuando para que as crianças possam usufruir do direito constitucional: viver em família", explica a gerente de Sustentabilidade do HSBC, Eliziane Gorniak.

Para reduzir o período de abrigamento da criança e do adolescente, o programa investe em ações que visam qualificar a atuação de gestores e técnicos em seu relacionamento com as instituições jurídicas, responsáveis pelo encaminhamento do processo judicial da criança (como o Ministério Público e o Juizado da Infância e Juventude).

Veículo verde

Na categoria "Empreende­doris­mo no Setor de Transporte e Lo­­gística" o prêmio ficou com a empresa Fiel, de Cascavel. Tam­bém ligada ao PTI, ela apresentou o projeto do veículo Pompéo, um meio de transporte de três rodas e de custo reduzido, projetado para solucionar o transporte urbano de passageiros de forma ecologicamente correta.

De acordo com o diretor de engenharia da empresa, Renato Cesar Pompeu, o projeto surgiu em 2005, após observar o trânsito das grandes cidades. "Notei que muitos veículos andavam com apenas uma pessoa. Então pensei: por que precisamos de carros tão grandes? Foi aí que começamos a criar um veículo com capacidade para duas pessoas, que atenda às necessidades de transporte de forma ecologicamente correta, aliado a uma tração elétrica, cuja energia é obtida de fontes renováveis", conta o engenheiro mecânico.

Atualmente, o veículo está em fase de desenvolvimento em uma empresa de engenharia de São Paulo. A previsão de Pompeu é de que protótipos sejam testados até o final deste ano e de que a fabricação comece a partir de 2011. "O Brasil situa-se hoje entre os maiores fabricantes e compradores de automóveis do mundo. É um dos países que possui a maior quantidade de montadoras estrangeiras instaladas e ainda não possui sequer uma montadora nacional", afirma.

Biodigestor

Na categoria Empreendedorismo no Setor do Agronegócio, a empresa vencedora foi a Köhler Biodigestores, de Toledo, também incubada no PTI. A companhia apresentou o seu principal produto: o biodigestor em fibra de vidro, que se diferencia em relação aos demais pelo baixo custo, facilitando a sua aquisição por pequenos produtores rurais.

De acordo com o sócio-gerente Pedro Mateus Kohler, o impacto positivo dessa tecnologia em relação ao meio ambiente, é a possibilidade de mais propriedades rurais tratarem os dejetos das produções agropecuárias de maneira adequada, reduzindo o risco de poluição da água e do solo.

A Prognus, empresa de Foz do Iguaçu especializada no desenvolvimento e no suporte profissional em soluções de software livre e programas de código aberto, foi vencedora da categoria "Empreendedorismo no Setor de Comércio e Turismo". O projeto contemplado foi a ferramenta Expresso Livre, uma solução em comunicação empresarial unificada para micro, pequenas e grandes empresas.

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