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Atentas às exigências do mercado de trabalho e da própria sociedade as universidades públicas estão apostando com mais vigor numa modalidade de pós-graduação voltada para profissionais que desejam especializar-se, mas não querem atuar no meio acadêmico: o mestrado profissional. O curso é voltado para quem tem experiência no mercado de trabalho e busca embasamento teórico.

Diferente do mestrado acadêmico, voltado para a pesquisa e docência, o mestrado profissional visa transferir o conhecimento científico gerado nas universidades para situações práticas. "O que se busca é a solução de problemas para a iniciativa pública e privada. Não é uma formação para atender só os interesses do capital, há um resgate da dívida social", explica o professor Alamir Aquino Corrêa, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Em estudo

A modalidade surgiu em 1995. A UEL tem planos de inaugurar cursos de mestrado profissional a partir do segundo semestre de 2007. As áreas contempladas devem ser enfermagem, odontologia, agronegócio, e engenharia. "Depende do conjunto de professores que temos, e dos doutores que manifestarem interesse", diz Corrêa. A instituição tem 91 cursos de especialização, que podem ser fundidos para dar origem aos mestrados profissionais.

De um lado, o mestrado profissional é uma oportunidade de a academia se aproximar e dar retorno à sociedade. Para o profissional, é a chance de aprofundar conhecimentos de modo a buscar soluções para as questões do cotidiano, sem a preocupação de se tornar um pesquisador acadêmico. O mestrado profissional é estabelecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e tem o mesmo efeito legal do mestrado acadêmico. Assim existe a possibilidade dos portadores do título poderem atuar como docentes em instituições de ensino superior – mesmo que o foco não seja esse. Como o curso é voltado para profissionais, a carga horária é distribuída em horários compatíveis com o trabalho.

Parcerias

A modalidade profissional não recebe subsídio da Capes, diferente do mestrado acadêmico. "A idéia é buscar parceiros na iniciativa privada e em órgãos do governo, e não cobrar nada dos alunos", diz Corrêa. Segundo dados da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEL, há cerca de 4,5 mil cursos de mestrados acadêmicos no país e cerca de 180 mestrados profissionais. A proposta da Capes, conforme informou Corrêa, é aumentar esse número para mil cursos dentro de dez anos.

No começo deste mês a UEL fez a primeira discussão no sentido de implantar o mestrado profissional. Os próximos passos são identificar os grupos que poderiam se organizar em torno do projeto e remeter a proposta à Capes.

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