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O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou, durante o seminário que discutiu o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), em Brasília, a criação de uma bolsa de iniciação para futuros professores nos moldes da bolsa de iniciação científica para quem está se formando, concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

De acordo com o ministro, o programa deverá ser lançado até o início de setembro. O valor das bolsas ainda está em discussão, mas pode ficar entre R$ 300 e R$ 350 e vai atender somente estudantes de universidades federais.

A justificativa da iniciativa, segundo Haddad, foi uma demanda de setores especializados na formação de professores que "perceberam no Plano de Desenvolvimento da Educação uma lacuna a ser preenchida".

Segundo ele, a idéia de criar a nova modalidade de bolsas surgiu das críticas e sugestões feitas pela população ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

- Nós nos apropriamos de uma sugestão que nos chamou a atenção, pela preocupação de, já na graduação, darmos uma atenção especial à formação dos futuros professores - contou Haddad.

Para o ministro, a concessão de bolsas esteve voltada principalmente para a educação científica e para a pós-graduação, e não assistia a formação para a educação básica.

- Precisamos de um programa de bolsas, sobretudo nas áreas onde há carência de licenciados, como química, física, matemática e biologia. Não havia um programa estruturado de apoio aos que queriam exercer o magistério na educação básica depois de formados. Essa medida não vai fazer parte do PDE, mas será complementar a ele - explicou.Programa quer ampliar acesso e permanência no ensino superior

Durante o encontro, o ministro discutiu também outras ações relacionadas à educação superior com cerca de 200 reitores, vice-reitores e representantes de todas as instituições de ensino superior do país. O seminário teve como objetivo discutir as diretrizes gerais sobre o Reuni.

O programa pretende ampliar o acesso e a permanência dos jovens na educação superior.

- O Reuni é uma peça central para a educação superior e um dos pilares do PDE, porque amplia o horizonte de autonomia das universidades, ao criar um colchão orçamentário para cada instituição que precisa repensar seu papel na sociedade e sua missão institucional - avaliou o ministro.

Para receber recursos previstos no PDE e participar do Reuni, as universidades federais precisarão apresentar projetos de reformulação que incluam, além do aumento de vagas, medidas como ampliação ou abertura de cursos noturnos, redução do custo por aluno, flexibilização de currículos, criação de arquiteturas curriculares e ações de combate à evasão. Para possibilitar a reestruturação, o Reuni calcula ser necessário um acréscimo de 20% no orçamento das instituições , suficiente para suprir despesas com pessoal e custeio.

A participação no programa está condicionada à apresentação de projeto próprio de cada instituição.

- Estamos construindo isso com os dirigentes das instituições e com a comunidade científica. Não estamos impondo nada de dentro de um gabinete, sem dar atenção às questões específicas de cada caso - afirmou Haddad.

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