• Carregando...
Raquel Cherubini Caldeira, coach; Luciana Maria Fiori de Oliveira, gerente contábil do Grupo Boticário | Daniel Castellano/Gazeta do Povo; Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Raquel Cherubini Caldeira, coach; Luciana Maria Fiori de Oliveira, gerente contábil do Grupo Boticário| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo; Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Processo apoia a transição de carreiras

O processo de coaching ajudou a gerente contábil tributária Luciana Maria Fiori de Oliveira a compreender melhor os pontos que precisavam ser desenvolvidos, mas também a fez valorizar suas habilidades. Para Luciana, as organizações mudaram e a expectativa em relação aos profissionais é muito maior agora do que era há alguns anos. Hoje, Luciana está na fase de execução do plano de ação elaborado junto com o seu coach. "Tem que estar disposto a se autoavaliar e querer dar o passo a mais", diz ela.

O método também passou a ser bastante demandado por pessoas em transição de carreira, como é o caso de uma gerente administrativa que não quer divulgar o nome. Depois de quatro anos na empresa, ela saiu do emprego em junho e decidiu buscar apoio de um profissional qualificado que pudesse dar suporte nesse momento de transição.

"O meu objetivo é avaliar a minha carreira. Quando a gente passa por um momento de transição ou situação adversa, a desorientação é natural. Com o coaching, o coração acalma, as ideias começam a clarear e novas oportunidades aparecem. O processo tem me ajudado a resgatar a autoconfiança para voltar ao mercado", diz ela.

Percepção

90% dos participantes da pesquisa da Lee Hecht Harrison DBM acreditam que o coaching:

• Promove um diálogo entre líderes e subordinados;

• Aumenta a eficácia das habilidades de gestão e solução de conflitos;

• Melhora os conhecimentos e práticas transculturais;

• Auxilia na informação e preparação dos planos de sucessão;

• Ajuda os indivíduos a assumirem novos e diferentes cargos.

Apesar de ser uma das profissões que mais cresce no mundo todo, o coaching ainda é uma incógnita para boa parte das empresas. Uma pesquisa da consultoria global Lee Hecht Harrison DBM constatou que cerca de 70% das organizações brasileiras não possuem diretrizes claras, consistentes e abrangentes em seus processos de coaching. Mas afinal, para que serve essa ferramenta e como ela pode ajudar a transformar o dia a dia dos profissionais e da organização?

Segundo a Sociedade Brasileira de Coaching (SBCoaching), o método ajuda as pessoas no desenvolvimento de competências com foco no alcance de metas pessoais ou profissionais. O coach é, portanto, um parceiro que utiliza técnicas variadas para conduzir pessoas ao seu objetivo.

"O coach não é um conselheiro e não dá orientações, mas faz perguntas para que o profissional reflita e chegue às próprias conclusões. Partimos sempre do pressuposto que a pessoa já tem a resposta que procura e precisa apenas de estímulos para encontrá-la", explica a coach Raquel Cherubini Caldeira.

Há cerca de um ano a gerente contábil do Grupo Boticário, Luciana Maria Fiori de Oliveira, buscou o coaching para desenvolver competências e redefinir seus objetivos na carreira. "Antes de escolher o coach, fiz entrevista com três profissionais. Como a relação é intensa e de extrema confiança, é preciso ter empatia com o coach. Você precisa estar pronto para se entregar totalmente e, muitas vezes, ouvir aquilo que não quer ouvir", diz Luciana.

O começo

Todo processo de coaching parte de um desejo de mudança, explica Rachel. "Em que ponto você está e aonde quer chegar? Essa é a primeira pergunta a ser feita. O coaching é justamente o caminhar entre duas dessas pontas", explica.

Embora as empresas tenham consciência da importância da ferramenta, ainda não conseguem implementá-la de forma eficaz em todos os níveis da corporação. Em geral, o coaching é restrito ao alto escalão das companhias. "Quando bem aplicado, o coaching é um dos métodos mais eficazes de solução de problemas corporativos", ressalta Rachel, que trabalha há cerca de quatro anos na área empresarial.

Formada em Psicologia, com mestrado em gestão empresarial, ela diz que o primeiro passo para ser um bom coach é ter vivência na área de atuação. No caso do ambiente corporativo, por exemplo, a vivência organizacional, na gestão de pessoas e no comando de equipes é imprescindível. "É preciso entender o mundo do profissional para poder ajudá-lo", diz a coach.

Sem regulamentação

Apesar de ser reconhecido como atividade profissional, o coaching ainda não é uma profissão regulamentada. Profissionais de qualquer área de formação podem trabalhar como coaches, desde que passem por cursos de formação específica.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]