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A ONU pediu aos países da América Latina nesta quinta-feira que incorporem aspectos sociais a suas políticas econômicas visando a melhorar a distribuição da riqueza e a lutar contra a desigualdade entre ricos e pobres.

- A boa distribuição das receitas parte são só de uma boa política social, mas também da incorporação de critérios sociais na política econômica - disse o subsecretário de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, o colombiano José Antonio Ocampo.

As declarações foram feitas no âmbito da apresentação do último informe da ONU sobre o estado social do mundo em 2005, que revela que as desigualdades entre os países e dentro deles não só continuam, mas aumentaram na última década.

Nesse sentido, indicou que o caso mais dramático é o da Argentina, que há anos ostentava um dos níveis de assimetrias mais baixos e agora enfrenta um dos mais altos.

Outro dos países onde existem importantes disparidades na distribuição da riqueza é na Venezuela, produto de distintos períodos governamentais anteriores ao atual governo.

- A metade dos países latino-americanos apresentaram uma deterioração na distribuição de ingressos - afirmou Ocampo, referindo-se aos dados da Comissão Econômica para a América Latina e Banco Mundial.

Ocampo admitiu ser difícil precisar a percentagem do aumento na desigualdade, embora tenha indicado que no país latino-americano, os 10% mais ricos da população dispõem de 40% a 50% da riqueza.

No entanto, os 10% mais pobres têm entre 1% e 2% das receitas, o que leva a desigualdade a ser entre 30 e 40 vezes maior.

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