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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, descartou nesta terça-feira qualquer possibilidade de adotar mecanismos de controle no fluxo de capital externo para o país. Segundo Palocci, o maior fluxo de dólares para o Brasil vem, principalmente, via comércio exterior. Recentemente, disse o ministro, houve muita movimentação do dólar em relação a outras moedas, o que afetou um pouco o perfil das exportações brasileiras.

- Nós não temos como política econômica estabelecer nenhum tipo de controle de capital. Achamos que a flutuação cambial tem prestado um grande serviço ao nosso país - disse o ministro, acrescentando que hoje o Brasil tem superávit em conta corrente.

A idéia de controlar capitais foi defendida segunda-feira, pelo deputado Delfim Netto, pai da proposta de déficit nominal zero. Segundo o deputado, a medida deveria valer por um curto período de tempo e poderia envolver, por exemplo, a fixação de uma "quarentena" para a permanência desses recursos no país. Delfim afirmou que o governo "está levando longe demais o uso do câmbio como instrumento de controle da inflação".

De acordo com Delfim Neto, o controle de capitais seria uma alternativa à redução mais rápida dos juros no curto prazo, que têm estimulado o grande fluxo de dólares para o país. Perguntado se esperava que a equipe econômica aceitasse sua proposta, o deputado disse que "não estava preocupado com isso".

O ministro Pallocci, queconcedeu entrevista coletiva, nesta terça-feira, no Hotel Méridien, no Rio, ao lado do secretário do Tesouro dos EUA, John Snow, admitiu que a política cambial não agrada a todos.

- Nem sempre o câmbio flutuante responde à vontade de todos.

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