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A Petrobras anunciou nesta sexta-feira um reajuste de 10% no preço da gasolina e de 12% no preço do diesel nas refinarias, incluindo a cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e o PIS Cofins. De acordo com o Centro Brasileiro de Infra-estrutura, o impacto para o consumidor deverá ser de 8% nas bombas e de 10%, respectivamente, caso os postos revendedores e distribuidoras mantenham sua margem atual de ganhos.

O aumento nas bombas normalmente é menor que nas refinarias, porque a gasolina é misturada com 25% de álcool pelas distribuidoras antes de ser vendida aos postos. Além disso, o ICMS, que varia em cada estado, também ajudar a diluir o aumento dos preços. As estimativas do CBIE consideraram o ICMS do estado de São Paulo, que é de 25%, para a gasolina, e de 12%, para o diesel.

Pela primeira vez desde a atual gestão, a Petrobras não divulgou de quanto seria o reajuste caso não fossem considerados os impostos. Na prática, esse percentual, que é maior que o anunciado, corresponde ao ganho real da empresa. Ainda de acordo com os cálculos do CBIE, esse aumento real seria de 16% para a gasolina e de 14,5% para o diesel.

Segundo nota divulgada pela companhia, os novos preços passam a vigorar a partir deste sábado. A Federação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (Fecombustíveis), que representa os postos, ainda não informou sua estimativa para o percentual de reajuste aos consumidores e nem de quando o aumento será sentido nas bombas.

O último reajuste da empresa havia acontecido em novembro do ano passado, de 4,2% para a gasolina e de 8% para o diesel, considerando os impostos. Sem as taxas, o reajuste foi de 7% e 10%, respectivamente.

A Petrobras vinha sendo duramente criticada por analistas de mercado por não repassar para os combustíveis no Brasil a alta das cotações do petróleo no mercado internacional. As cotações do petróleo já subiram mais de 60% apenas neste ano e a empresa vinha trabalhando com defasagem.

Há cerca de 15 dias, o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, havia afirmado que os preços não aumentariam enquanto as cotações não se estabilizassem no mercado internacional.

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