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Os preços do litro da gasolina tiveram uma súbita alta nesta semana em Curitiba. Na maioria esmagadora dos postos de combustíveis, o produto é encontrado a R$ 2,49 o litro, um preço até 16% mais caro que a média de R$ 2,14 registrada na semana passada pelo Procon-PR.

De acordo com proprietários e gerentes de postos, o aumento se deve à grande concorrência entre as distribuidoras. "Elas tiraram um pouco o desconto, por isso aumentamos o preço", justifica Euclides Gusi, gerente do Posto Pinheiro, do bairro Água Verde, onde o litro da gasolina estava a R$ 2,29 na semana passada e subiu para R$ 2,49.No Posto Evereste, do Novo Mundo, o aumento foi o mesmo, de R$ 2,29 para R$ 2,49 o litro. "Todo mundo trabalha com preços parecidos porque os custos são os mesmos", garante o gerente Mauro Jakimiu. "Estamos até pensando em sair fora do mercado, porque existe muita deslealdade", desabafa.

Segundo reportagem de Marco Sanchotene da Gazeta do Povo desta quinta-feira, o combustível podia ser encontrado ainda a preços mais baixos nesta quarta, mas a tendência é de alta. No Posto México, do Bacacheri, o preço no meio da tarde estava em R$ 2,27, mas o estabelecimento estava apenas aguardando uma ligação da distribuidora para aumentar.

Marcos Scripes, proprietário do Posto Capanema, no Rebouças, acredita que o que está havendo é uma acomodação de preços. "Se o litro da gasolina fica muito baixo, os postos começam a trabalhar de graça e ficam inadimplentes, não pagam as distribuidoras", diz.

Scripes reclama dos tributos – que compõem 66% do preço da gasolina – e do "valor de pauta", o preço do litro determinado pelo governo para o cálculo do ICMS, que atualmente está em R$ 2,58, 6% mais caro que o preço do mercado.

Para o presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese, os motivos para a alta são vários. "Quando houve o último aumento da Petrobras, em agosto, os preços foram para esse patamar, mas a concorrência na cidade é muito grande e eles baixaram de novo. Essa alta pode ser uma trégua entre as distribuidoras", explica.

Fregonese cita também os sucessivos aumentos no preço do álcool anidro – adicionado à gasolina em uma proporção de 25% – que acumula uma alta de 30 centavos por litro desde 9 de outubro até hoje. Mesmo assim, o preço pode baixar novamente em pouco tempo. "Curitiba é uma praça insana. Ninguém entende este mercado. A briga é quase diária entre as bandeiras, que de vez em quando dão uma trégua para não quebrar. Tem momentos que são favoráveis ao consumidor e outros favoráveis ao vendedor", conta.

Scripes, do Posto Capanema, concorda com Fregonese. "O preço nunca vai ficar parado. Os postos concorrentes todo dia olham os preços um do outro, é por isso que Curitiba tem um dos melhores preços médios do país", diz.

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