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Ponta Grossa – As barreiras impostas por Santa Catarina e São Paulo na divisa com o Paraná, devido à suspeita de focos de febre aftosa, começam a causar problemas para a produção leiteira do estado. As informações são de Érica Busnardo, da Gazeta do Povo. Por falta de local para estocar a produção, pecuaristas da região dos Campos Gerais – uma das bacias leiteiras mais tecnificadas do país – começam a jogar o leite fora.

Mesmo resfriado, o produto só pode ficar estocado de 24 a 48 horas. Mas com os caminhões que fazem a coleta retidos em Sengés, na divisa do Paraná com São Paulo, os produtores não conseguem repassar o leite para as cooperativas. Assim, sem local para estocar o produto e sem transporte, a solução é jogar o leite fora

"Nosso anseio é que São Paulo reveja essa condição, caso contrário a situação ficará caótica", prevê o coordenador de produção leiteira da Cooperativa Castrolanda, de Castro, Rogério Wolf. Nesta segunda-feira, ele determinou o retorno dos caminhões que estavam retidos na barreira, em Sengés. Os 15 veículos voltaram com 375 mil litros de leite, que ainda não tem destinação certa. Nesta terça-feira, pelo menos metade da produção começa a azedar e terá que ser jogada fora. Na quarta, caso a situação permaneça como está, a outra parte também será desperdiçada.

Sem estrutura própria para estocagem, os produtores perderão a produção diária. Os primeiros atingidos são os pequenos pecuaristas, que possuem menos capacidade de armazenagem.

Castro e Carambeí produzem diariamente 600 mil litros de leite. Desse total, 70% são vendidos para outros estados brasileiros – principalmente São Paulo – e o restante é absorvido pela Batávia, em Carambeí. Até esta segunda, a indústria de lácteos conseguia absorver a produção, mas nos próximos dois dias a barreira ainda pode comprometer sua produção. Mesmo transportando produtos industrializados, os caminhões da empresa também estão retidos em Sengés. Oito caminhões carregados com iorgutes e leites longa vida aguardavam a liberação. Segundo Shell, a barreira ainda não afetou diretamente a empresa, mas se permanecer por mais quatro ou cinco dias a situação ficará caótica.

Leia a reportagem completa na Gazeta do Povo

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