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João Aparecido Monteiro tem 42 anos e 24 de carpintaria. Aprendeu tudo o que sabe da profissão nas obras em que trabalhou. Hoje ele é um dos carpinteiros que atuam na construção do Instituto Federal de Telêmaco Borba, a escola que vai formar os seus futuros colegas de profissão. Para ele, que estudou até a 6ª série, essa será uma oportunidade para os jovens da região. "O curso é muito necessário e vai beneficiar muitas pessoas. O bom é que quem vai poder estudar serão os nossos filhos", afirma.

Monteiro não acredita que haverá uma concorrência entre formados e não formados. "Quem se formar no curso vai ter mais conhecimento. Mas espero que haja uma união entre esses dois profissionais, o que aprendeu na escola e o que aprendeu trabalhando. Não pode haver preconceito ou inveja de nenhum dos lados", afirma.

A grande expectativa dos carpinteiros que trabalham na construção do instituto é de que a escola traga benefícios salariais aos profissionais da área. Atualmente um carpinteiro recebe cerca de R$ 1 mil mensais por oito horas diárias, sem contabilizar as horas extras e os auxílio alimentação. "Espero que os empresários valorizem mais a profissão depois disso. Falta profissional, mas mesmo assim o salário não aumenta", lamenta Monteiro.

O carpinteiro e pedreiro Elizeu Ferreira da Silva, de 37 anos, que está na construção civil desde os 15, compara: "Os bons carpinteiros antigos foram saindo e não há mais profissionais como antes. Muita gente faz o serviço de carpiteiro, mas não mais com a mesma qualidade." Ele vê o curso como essencial, mas ressalta que a formação deve ficar somente na sala de aula. "Não se aprende a bater massa escrevendo no caderno."

SERVIÇO: Curso de Carpintaria – Instituto Federal de Telêmaco Borba

Duração: 2 anos

Inscrições:www.ifpr.edu.br

Taxa: R$ 35

Prazo: até 8 de novembro

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