• Carregando...

Não deixa de ser curioso como certos profissionais escolhem para si mesmo situações em que os únicos penalizados são os próprios, e fazem do dia-a-dia verdadeiras batalhas a serem vencidas, porém sempre fracassadas, pois esperam algo que não vai acontecer. Ora, porque alguém escolheria ter mau humor, por exemplo? Parece incrível, mas alguns decidem isso, já ao levantar, pois estão certos de que tudo continuará igual...

Dia desses, numa reunião com um grupo percebi a dificuldade de certas pessoas em conversarem com colegas de trabalho sobre suas vontades, desejos, regras, normas, procedimentos da empresa. Impedimentos que têm em negociar internamente nas empresas suas posições ou mesmo as regras da empresa, nem sempre cumpridas.

Esquecem que numa empresa a prioridade é a própria empresa e o bem estar entre colegas e unidades internas, mas não praticam o conceito de cliente interno. Esquecem que ninguém tem obrigação de adivinhar o que não é explicado e que, nem sempre, os parceiros sabem o mal que provocam por pequenas ações no cotidiano, muitas vezes de forma involuntária. Até porque certas ações, se não são involuntárias exigem demissão, pois uma empresa não pode ser penalizada por picuinhas entre pessoas. Foi-se o tempo!

Muitas vezes o mal está em esperar que o outro, um dia, como que por milagre, mude o seu comportamento, sem que lhe seja dada nenhuma indicação de que algo não está bem e de que ele deve mudar a postura para preservar o emprego. Mas... será que os funcionários de uma empresa sempre sabem o que a chefia ou os colegas esperam dela? Alguém foi claro? Ela saberia como surpreender a todos, colegas, chefes e clientes? Se a resposta for negativa ou incerta, como ter irritação ou raiva dessa pessoa? Bem, é mais fácil culpar outros do que assumir responsabilidades pela própria vida porque então não haveria desculpa para dificuldades, desacertos, insucessos. Assumir responsabilidade pela própria vida, pegas as rédeas da vida não mão, dá trabalho! E se não der certo?! Imagino que a inteligência sinalize claramente que é mais fácil que cada um mude por si mesmo do que esperar que filhos, maridos, esposas, colegas, amigos ou chefes alterem comportamentos. Se nunca expliquei a alguém o que espero, como posso ter expectativas? Como posso culpar o outro pelas minhas ações, atividades, escolhas, decisões?

Vale a pensa pensar quem está no comando de nossas vidas, se nós mesmos ou o deixamos por conta de terceiros. Se for assim, estamos fadados a viver à deriva, como um barco em calmaria sempre à espera de ventos favoráveis. Sempre acho que um plano ‘b’ ou um motor ajuda! Afinal, o sucesso pode ser planejado.

Maria Christina de Andrade Vieira, empresária e escritora, autora de Herança (Ed.Senac-SP), Cotidiano e Ética: crônicas da vida empresarial (ed. Senac-SP).chris@onda.com.br www.andradevieira.com.br

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]