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Atualizado em 17/11/2005 às 16h23

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin assinou nesta quinta-feira uma resolução que estabelece critérios para liberar a entrada de animais susceptíveis à febre aftosa e produtos oriundos de Mato Grosso do Sul e do Paraná.

O ingresso e o trânsito de animais susceptíveis à febre aftosa fora das áreas de risco sanitário do Mato Grosso do Sul e Paraná, segundo a Agência Estadual de Notícias, destinados ao abate imediato, somente serão permitidos em caminhões lacrados.

Os bovinos e bubalinos devem vir de regiões num raio de dez quilômetros de distância dos municípios com presença da doença ou suspeita e que tenham permanecido nas suas propriedades de origem pelos últimos 90 dias. Para o ovinos, caprinos e suínos, valem as mesmas regras de distância, desde que tenham nascido na propriedade de origem.

A portaria também prevê carne com osso, somente em veículo lacrado de estabelecimentos industriais com SIF (Sistema de Inspeção Federal) e que tenham como destino outro estabelecimento com SIF ou SISP (Serviço de Inspeção de São Paulo), que possuam condições de desossa e processamento dos ossos pelo calor.

Para o leite cru refrigerado, somente vindo de propriedades fora das áreas de risco, procedentes de estabelecimentos industriais com SIF, em veículo com tanque isotérmico lacrado e que tenha como destino um outro estabelecimento industrial com SIF ou com SISP, acompanhado de Certificado Sanitário emitido pelo MAPA, contendo declaração que procede de propriedades nas quais, num raio de 10 Km, não houve notificação de febre aftosa nos últimos 90 dias.

Áreas de risco

Para o Mato Grosso do Sul, são considerados dentro da área de risco os municípios de: Eldorado, Iguatemi, Mundo Novo, Itaquiraí e Japorã.

Já para o Paraná, o Ministério identifica através da sua instrução normativa 34, as propriedades dos municípios de: Amaporã, Grandes Rios, Loanda e Maringá, Ângulo, Ariranha do Ivaí, Astorga, Cidade Gaúcha, Cruzmaltina, Doutor Camargo, Faxinal, Floresta, Guairaça, Guaporema, Iguaraçu, Ivaiporã, Ivatuba, Jardim Alegre, Lidianópolis, Mandaguaçu, Marialva, Marilena, Mirador, Nova Londrina, Ortigueira, Paiçandu, Paranavaí, Planaltina do Paraná, Porto Rico, Rio Branco do Ivaí, Rosário do Ivaí, Santa Cruz de Monte Castelo, Santa Isabel do Ivaí, Santa Mônica, São Pedro do Paraná e Sarandí.

AlívioA medida traz um breve alívio para os produtores do estado. Os produtos paranaenses não podiam entrar em São Paulo desde o anuncio da suspeita da febre aftosa, há quase um mês.

De acordo com o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarnes), só os abatedouros de bovinos acumulam um prejuízo de R$ 1,8 milhão por dia útil. Metade desse volume é resultado da redução de 60% na exportação de carne do estado. A outra metade é conseqüência da impossibilidade de se vender carne com osso a outros estados, por conta das barreiras impostas por São Paulo e Santa Catarina que, antes da suspeita de aftosa, somavam 85% desse mercado.

Saiba mais sobre o que representa a flexibilização da entrada de animais do Paraná em São Paulo na reportagem em vídeo

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