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O senador Flávio Arns (PT/PR) disse nesta segunda-feira (29) que espera uma atitude do governador Roberto Requião para que o Paraná continue no controle da operação das usinas da Copel. "Para reverter essa decisão, o governador precisa reunir a bancada paranaense, oposição e situação, para conversar. Precisamos ter um posicionamento político do estado, que é mais importante e necessário que o posicionamento jurídico", afirmou o senador.

Arns considerou a decisão do Operador Nacional do Sistema (ONS), de passar o controle para uma central em Florianópolis, Santa Catarina, como um "desprestígio, um demérito, do Paraná. O estado está sendo passado para trás, para o plano secundário da vida brasileira". Para ele, senadores, deputados, a sociedade e empresários paranaenses deveriam elaborar um documento com posição contrária e enviar ao Ministério do Planejamento, da Previdência e o de Minas e Energias. "O nosso estado não pode sair prejudicado. Devemos dar margem para discussão e o diálogo. Não podemos aceitar isso pacificamente", complementou.

O senador disse ainda que a Copel deve explicações à bancada, além de ter que apontar uma saída para o problema. "Temos que ouvir a companhia para sabermos o que ainda pode ser feito. Não é uma questão partidária, é em prol do Paraná".

Posição da Copel

A assessoria de imprensa do governo do estado informou que a presidência da Copel já se manfestou sobre a questão, portanto Requião não deve se pronunciar. O presidente da Companhia, Rubens Ghilardi, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "a Copel aplaude e apóia a ação do deputado Rafael Greca". O deputado prometeu entrar com uma ação na Justiça para manter as operações da Copel no Paraná.

Segundo Ghilardi, a Copel tem protestado a decisão da ONS, por ser prejudicial não só para a operação das usinas, que "perderá agilidade e eficácia", pois haveria um "rebaixamento" no nível das hierarquias, como na incidência de novas tarifas, já que uma mudança de controle para outro estado implicaria em novas fontes de custos, como compra de equipamentos e contratações, por exemplo. A Companhia não tem uma estimativa de quanto em reajuste a mudança deve resultar.

INSS

Arns relembra que na semana passada o estado perdeu a gerência do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) também para a capital catarinense. "Isso significa mais investimento, mas repasse de verbas e mais empregos para lá", disse o senador.

A superintendente do INSS no Paraná, Elizabeth Lobo Elpo, que deixou o cargo no dia 19 de agosto, compartilha com a opinião de Arns. "Temo que a mudança administrativa possa prejudicar o Paraná, no sentido em que a nova gerência possa vir privilegiar Santa Catarina em termos de recursos e projetos de melhoria", disse Elizabeth.

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