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O segredo da empresa em que os funcionários "vestem a camisa" é idealizado por qualquer empresário. Afinal, quem não quer ter equipe motivada, comprometida, com orgulho da empresa e defendendo-a em qualquer circunstância?

As origens da empresa mobilizada para resultados e com uma equipe que deseja vencer e superar desafios necessita obviamente da figura de um líder, aquele guru que fala e a turma, vaidosa, obedece, ou melhor, acata porque o admira.

Aliás, a admiração é um pré-requisito para um bom relacionamento fluir e gera respeito, outra condição de liderança.

Esse perfil profissional, em geral, é o do empreendedor que teve a idéia do negócio e que, com determinação, busca atingir seus ideais. São pessoas que conseguem com muita perseverança conciliar a intuição com a razão e que possuem critérios transparentes na execução de seus projetos.

O perfil pode também ser o do executivo que tem um plano de carreira claro e preciso e que conquista o seu espaço pela credibilidade, conhecimento, confiança que os outros têm na sua pessoa. Destaca-se em sua trajetória profissional em tudo que faz.

Ambos despertam autoridade, nunca autoritarismo, pela sabedoria das tomadas de decisão, sempre sensatas e equilibradas. Esse líder, ele próprio faz acontecer, tanto carrega o piano como posiciona a estratégia certeira e essa segurança é que mobiliza equipes que sentem nessa pessoa o conforto do "pai" - aquele que, pelo menos, deveria sempre ter a palavra certa. Aliam o conhecimento técnico com o comportamento e são justo ainda que percam a paciência ou sejam exigentes e firmes. Esse "carregar o piano", nem sempre um executivo faz, mas não deixa de estar próximo das equipes em todos os níveis. E quando se afasta do dia a dia todos se ressentem.

É preciso lembrar que gostar ou amar é uma coisa e admirar é outra. A admiração lidera, o bem querer ou o amor não. Pense em quantas pessoas você admira e verá que não são tantas assim. Pode-se admirar uma qualidade ou outra, mas agregar características, habilidades e competências capazes de fazer seguidores é outra história.

O líder pede e o outro executa pela crença, ideal e respeito e isso faz toda a diferença.

Como ser líder, como conquistar confiança, como fazer a equipe vestir a camisa são elos da mesma corrente - a empresa sistêmica - que entrelaça a empresa de forma democrática, saudável e positiva.

Se houvesse uma "receita" única e perfeita, todos chegaríamos lá!

Maria Christina de Andrade Vieira, empresária, palestrante e escritora, autora de Herança e Cotidiano e Ética: novas crônicas da vida empresarial (2001-2005) (Ambos Ed. Senac-SP).chris@onda.com.br

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