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O empresário Antonio Carlos Piva de Albuquerque, sócio da Daslu e irmão de Eliana Tranchesi, e Celso de Lima, dono de empresas que operavam com a butique, deixaram à 0h35 desta sgeunda-feira a sede da Polícia Federal em São Paulo. O prazo da prisão temporária de cinco dias expirou à meia-noite. O Ministério Público Federal (MPF) não pediu a prorrogação da prisão.

Os dois e a empresária Eliana Tranchesi foram detidos durante a Operação Narciso, da PF, na última quarta-feira, por suspeita de sonegação fiscal e fraude em importações. "A prisão foi muito eficaz até agora, mas não se faz mais necessária", justificou no domingo o procurador da República Matheus Baraldi Magnani, que cuida do caso.

No sábado, Antonio Carlos e sua irmã Eliana Tranchesi, foram submetidos a uma acareação, junto com Lima, em que, ao contrário do que haviam dito em depoimentos anteriores, admitiram ser os responsáveis pelas compras da loja.

Lima, por sua vez, acabou revelando que além da Multimport, é também um dos sócios da Horace, empresa com sede nos Estados Unidos, ambas suspeitas de integrar o suposto esquema de fraudes fiscais.

"Os indícios de fraude não se restringem a essas duas empresas. Há pelo menos dez tradings que trabalham para a Daslu. A Multimport e a Magnum (outra trading) chamaram mais a atenção porque sequer existiam, eram fantasmas", explicou Magnani, e acrescentou, "a Daslu não comprava simultaneamente de todas elas, existia uma rotatividade entre as tradings".

Advogado de Eliana diz que não houve recuo

Segundo o procurador, a Justiça já determinou que documentos e computadores apreendidos na quarta-feira sejam enviados à Receita Federal para análise. Magnani acredita que, em 60 dias, os trabalhos estejam concluídos.

Para o advogado da Daslu, Rui Fragoso, não houve recuo de seus clientes na acareação de sábado. "Ela escolhia o que devia ser comprado e o irmão fazia os pagamentos. Quem importava os produtos eram as tradings".

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