• Carregando...

Contas de supermercados, mercearias e padarias representam 24,7% das compras feitas com cartões de crédito no Brasil. Com isso, são a principal fonte de renda para as empresas de cartões de crédito. O dado consta de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Credicard. De acordo com Fernando Chacon, diretor de Marketing da empresa, eletrodomésticos, itens de bazar e vestuário, vendidos pelas grandes redes de hipermercados, ajudam a impulsionar a participação deste ramo no faturamento do setor. Em segundo lugar, estão as roupas: elas representam 18,4% do faturamento dessas empresas, seguido por moradia, com 14%.

- Estes três segmentos já estão consolidados, mas temos a possibilidade de crescer em outros ramos - afirma Chacon.

Em moradia, estão incluídos gastos em lojas de eletrodomésticos, material de construção e ferramentas. Turismo e entretenimento, como pacotes de viagens e restaurantes, representam 13,6% do faturamento das empresas de cartão de crédito. Concessionárias, lojas de autopeças e, principalmente, postos de gasolina, têm uma participação de 12%.

Os demais ramos que compõem o faturamento do setor são: diversos (6.9%), saúde (6,2%), hobby (2,3%) e educação (2%).

Os jovens, com idade entre 18 e 29 anos, são os que mais usam os cartões de crédito em supermercados. Eles concentram 25,9% dos gastos em compras de alimentos. Entre pessoas com mais de 30 anos, esse tipo de gasto representa 21,5%.

- Os mais jovens têm uma renda menor e mais necessidade de crédito para suprir as suas despesas correntes - explica o executivo.

No item vestuário, a proporção se inverte. Os gastos dos mais jovens do setor de vestuário representam 17,5% contra 20,6% dos mais velhos.

A pesquisa da empresa ainda mostra que os brasileiros estão trocando os cheques por cartões de crédito. O volume de cheques compensados caiu de 2,6 bilhões em 2000 para uma estimativa de 1,9 bilhão em 2005. No mesmo período, as transações com cartões de crédito passaram de 731 milhões para quase 1,6 bilhão de previsão para o ano. Esses números representam uma queda de 25,4% no número de cheques contra uma alta de 118,8% das transações com cartões de crédito.

A participação do cartão de crédito como meio de financiamento, porém, se mantém estável desde 2000 em um patamar entre 12% e 13%. A participação do cheque especial cai ano a ano, de 20,7% em 2000 para 13,7% em 2005. O cheque cede espaço para o crédito pessoal (de bancos, financeiras ou crédito consignado), que aumentou sua participação de 43,2% para 56,3%.

A pesquisa mostra ainda que os consumidores optam pelo cartão de crédito por conta da praticidade. Das 3 mil pessoas entrevistadas pela empresa, 61,9% dizem que os cartões são práticos. Outros 20,4% dizem que têm vantagens no financiamento e 17,6% que têm benefícios com o uso do cartão (como programas de incentivos e seguros). Apenas 9% dizem que é uma preferência pessoal. A maioria dos entrevistados usa o cartão quinzenalmente ou semanalmente.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]