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A segunda maior feira agropecuária do Paraná, a Expovel, que movimentou cerca de R$ 19,5 milhões em negócios em 2004, corre contra o tempo para promover o evento deste ano. A 26.ª edição da feira seria realizada em Cascavel, no Oeste do estado, entre 11 e 20 de novembro, mas foi adiada para o período de 2 a 11 de dezembro, devido à suspeita de febre aftosa no Paraná. O adiamento ocasionou um esvaziamento da Expovel, que perdeu animais de elite e todos os expositores de outros estados. A Expovel é superada apenas pela Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, realizada em abril.

De acordo com a Gazeta do Povo desta quinta-feira, entre 22 de outubro e 11 de novembro, todos os eventos envolvendo animais suscetíveis à aftosa estiveram proibidos no Paraná, por ordem da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab). A proibição, cujo objetivo era impedir a propagação da aftosa – então considerada quase uma certeza – afetou feiras, rodeios e leilões de animais. Agora, a recomendação da Seab é para que sejam levados aos eventos somente animais que receberam pelo menos duas doses da vacina contra o vírus. Eles devem chegar aos recintos no mínimo 15 dias após ter recebido a última dose. No Paraná, as campanhas são realizadas em maio e novembro. A deste mês foi encerrada no último domingo.

A Expovel é promovida pela Sociedade Rural do Oeste (SRO), no Parque de Exposição Celso Garcia Cid. O presidente da SRO, Levy Dittrych, diz que a entidade se esforça para manter o nível do evento, que é considerado a vitrine da agropecuária do Oeste do estado. "Cancelar a feira seria um grande prejuízo. Por isso, decidimos apostar na sua realização, mesmo fora da data marcada inicialmente e apesar da desistência de alguns expositores." Segundo ele, os prejuízos só serão contabilizados após o encerramento da feira. A SRO foi obrigada a rever toda a programação, desde as apresentações artísticas até os leilões de gado.

A estimativa de apresentação de animais caiu de 5.500 para 4.500, entre bovinos, caprinos e ovinos. O maior desfalque, segundo Dittrych, é de bovinos de elite que viriam de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e até de Mato Grosso do Sul. Com a ausência desses animais, foram cancelados alguns leilões. No ano passado os leilões somaram mais de R$ 5 milhões. O presidente da SRO diz que todas as medidas sanitárias, incluindo os certificados de vacinação, estão sendo tomadas. Nesta edição, participarão da Expovel somente os animais do Paraná.

O número de expositores caiu 10%, de 450 para 400. Os organizadores não arriscam novos números, mas a projeção inicial – antes do adiamento do evento – era repetir o faturamento da edição anterior. O público esperado é de aproximadamente 300 mil visitantes.

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