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Os técnicos da Receita federal de todo o país vão iniciar, nesta quarta-feira, uma greve de advertência que terá duração de três dias. A paralisação tem como objetivo questionar a chamada Super-Receita que será criada pelo governo federal.

Os funcionários vão se reunir na frente ao prédio da Receita, na Rua Marechal Deodoro 555, desde as 8 horas. Faixas e panfletos vão orientar todos aqueles que procurarem a Receita nestes dias. Os serviços de certidão, refinanciamento e atendimento ao público em geral serão os mais prejudicados, já que são realizados em sua maioria pelos técnicos. Existem cerca de 150 funcionários trabalhando na Receita Federal em Curitiba e a adesão deve ser quase total.

O sindicato da categoria afirma que a idéia proposta pelo governo é interessante, mas vai lutar para corrigir algumas distorções. "De acordo com o projeto da Super Receita, haverá uma unificação entre os cargos de auditores, a criação do cargo de apoio administrativo e os técnicos serão completamente esquecidos", afirma João Caputo e Oliveira, presidente do Conselho Estadual de Delegacias e Sidicais do Paraná.

Os técnicos afirmam que, à exceção da assinatura de autos de infração, eles desenvolvem o mesmo trabalho que os auditores, mas a diferença salarial é muito grande e mesmo com a criação da Super-Receita, essa distorção continuara. "Nós, técnicos, ganhamos menos da metade do que os auditores. As duas categorias são para profissionais de nível superior, mas mesmo assim somos marginalizados", disse João Caputo e Oliveira. O que os técnicos querem, segundo João, é que "com um salário mais justo e a criação de alguns mecanismos haja um combate efetivo aos carequinhas que têm por aí (referindo-se ao publicitário Marcos Valério). Queremos uma receita ágil, capaz e que de uma resposta à sociedade contra a corrupção".

A greve de advertência é o penúltimo recurso adotado pelos técnicos. "Houve inúmeras tentativas de acordo. A idéia da Super Receita é boa e já era discutida há muito tempo no nosso sindicato. Só queremos o que nos é de direito", conclui. O próximo passo, caso não haja uma resposta positiva do secretário da Receita Federal Jorge Rachid, será outra greve com maiores proporções.

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