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A Universidade Estadual de Londrina (UEL) teve quatro cursos de mestrado aprovados pela Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), dos quais dois são mestrados profissionais. Serão os dois primeiros cursos nesse formato na UEL. No Estado, apenas a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Pontifícia Universidade Católica (PUC) oferecem este tipo de capacitação. A diferença em relação ao mestrado acadêmico é que, na modalidade profissional, o currículo é voltado para o mercado de trabalho e demandas do exercício profissional. O corpo docente é híbrido, reunindo docentes e profissionais do mercado.

Os dois mestrados profissionais aprovados na UEL são Gestão da Informação e Gestão de Serviços de Saúde. Os novos mestrados acadêmicos são Comunicação Visual e Ciência da Computação - a UEL tem 31 outros mestrados em funcionamento, todos acadêmicos. De acordo com o pró-reitor de Pós-graduação, professor Alamir Aquino Correia, a UEL tem condições de se tornar um pólo de mestrados profissionais. A iniciativa é bem vista pela Capes: segundo dados apresentados pelo professor, 10% dos 2,3 mil cursos de mestrados existentes no Brasil são profissionais. A meta da coordenadoria é aumentar essa parcela para 25%.

Vera Suguihiro, diretora de Pós-gradução da UEL, define o mestrado profissional como "menina dos olhos" da universidade. "A aprovação desses cursos é um reconhecimento do conhecimento que acumulamos com nosso trabalho", disse.

A estrutura do mestrado profissional é adaptada para que pessoas que cumprem jornada de trabalho em horário comercial possam comparecer. As aulas, por exemplo, acontecem em finais de semana. O tema da dissertação, atividade obrigatória para a conclusão do curso, é voltado para a solução de demandas do cotidiano da profissão. "Não existe aquela obrigação de, depois do mestrado, seguir a carreira de docente. A finalidade [do mestrado profissional] é proporcionar uma reciclagem, uma atualização. Isso não quer dizer que o conteúdo fica aquém do mestrado acadêmico", observou o reitor da UEL, Wilmar Marçal.

O mestrado profissional – diferentemente da modalidade acadêmica - não recebe recursos da Capes. No entanto, não deverá ser cobrada mensalidade dos alunos. A universidade fará uma proposta de financiamento à Escola de Governo, para que o Estado custeie as despesas do curso. Em todo o País os mestrados profissionais precisam captar recursos junto a órgãos de fomento e à iniciativa privada. Para que os novos cursos comecem a funcionar, os departamentos envolvidos precisam providenciar corpo docente, inscrições e a seleção dos interessados.

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