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“Queremos manter a liderança de mercado e para isso precisamos cobrir possíveis buracos. A Kennex tem muita força no Extra, onde nós começamos a vender somente em outubro. Esse relacionamento com o Extra era estratégico para nós.”
Hélio Rotenberg, diretor-presidente da Positivo Informática | Divulgação
“Queremos manter a liderança de mercado e para isso precisamos cobrir possíveis buracos. A Kennex tem muita força no Extra, onde nós começamos a vender somente em outubro. Esse relacionamento com o Extra era estratégico para nós.” Hélio Rotenberg, diretor-presidente da Positivo Informática| Foto: Divulgação

Em um movimento que pode indicar uma mudança de estratégia de crescimento, a Positivo Informática fechou a aquisição da Boreo, uma empresa de informática detentora da marca Kennex. A companhia paranaense desembolsou R$ 12 milhões no negócio, sendo R$ 5,5 milhões para a compra propriamente dita e R$ 6,5 milhões para reverter o endividamento da Boreo. A aquisição foi feita através da subsidiária Positivo Informática da Bahia.

"O valor é pequeno, pouco representativo, mas o negócio é uma novidade. A Positivo não costumava fazer aquisições para crescer", diz Luciana Leocádio Silvestrini, analista da corretora Ativa. O negócio, em um primeiro momento, não muda o volume total de vendas da Positivo, pois ela fabricava desde abril os computadores para a Boreo, que não tinha linha de produção própria.

Força Extra

A Boreo foi fundada por João Paulo Diniz, herdeiro de Abílio Diniz, do grupo Pão de Açúcar, e Marcos Funaro, filho do ex-ministro da Fazenda, Dilson Funaro. Com a marca Kennex, a firma está presente em todas as grandes redes de varejo do país, mas com um ponto que pode ter pesado na escolha da Positivo: espaço na rede Extra, da família Diniz. "Queremos manter a liderança de mercado e para isso precisamos cobrir possíveis buracos", explica Hélio Rotenberg, diretor-presidente da Positivo. "A Kennex tem muita força no Extra, onde nós começamos a vender somente em outubro. Esse relacionamento com o Extra era estratégico para nós." Rotenberg diz que essa primeira aquisição na história da companhia pode ser seguida por outras, mas que não há negociações em andamento.

Outros selos

Com o negócio, a companhia paranaense produzirá, além do selo Positivo, outras três marcas próprias, Neo PC, SIM e Kennex, e uma para terceiros, sobre a qual mantém sigilo. "As marcas têm posicionamento muito parecido, com foco nas classes C e D, o que em teoria poderia criar alguma sobreposição. Mas elas ajudam na negociação com o varejo", avalia Luiz Augusto Pacheco, analista da corretora Omar Camargo. "As redes podem pedir especificações diferentes e montar um marketing para marcas que às vezes são exclusividade delas", completa.A Positivo vendeu 1,3 milhão de unidades nos nove primeiros meses deste ano, o que dá à empresa uma participação de 26% no mercado formal nacional – em grande parte obtida pela presença nos grandes varejistas. Nos últimos meses, a empresa vem lançando produtos mais sofisticados, como um laptop ultrafino, para as classes A e B, todos com a marca Positivo.

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