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Paula Lima solta a voz na capital, nesta terça | Divulgação/Angélica Fenley Belich Assessoria em Comunicação
Paula Lima solta a voz na capital, nesta terça| Foto: Divulgação/Angélica Fenley Belich Assessoria em Comunicação

O preço dos combustíveis baixou no início desta semana em Curitiba além do que a queda do álcool nas usinas poderia justificar, fazendo crer que uma nova "guerra de preços" está em curso. Há postos da capital cobrando R$ 1,21 pelo litro do álcool, que custava em média R$ 1,57 na semana passada, de acordo com o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A gasolina (que contém 23% de álcool) custava em média R$ 2,23, e já pode ser encontrada por R$ 2,07.

A queda do álcool hidratado nas usinas foi menor. De acordo com o Departamento de Economia Rural da Universidade Federal do Paraná, ela foi de R$ 0,08 – o combustível era cotado na semana passada a R$ 0,717.

O preço de custo da gasolina para os postos é de no mínimo R$ 2,06 – apenas um centavo a menos que o menor preço do litro para o consumidor. Já o álcool custa ao posto pelo menos R$ 1,11.

Na semana passada, o preço médio do álcool estava quase R$ 0,10 abaixo da média nacional no Paraná, a R$ 1,59, ante R$ 1,68. O combustível mais caro do estado é o de Castro, com média de R$ 1,84 para o litro do álcool e de R$ 2,62 para a gasolina.

A gasolina custava em média R$ 2,28 no Paraná na semana passada, a mais barata do país, ante média nacional de R$ 2,53.

O Pará é o estado onde o consumidor paga mais caro pelo álcool (R$ 2,23). São Paulo tem o combustível mais barato, a R$ 1,45. Já o Acre tem a gasolina mais cara, a R$ 2,92.

Os valores paranaenses são bem inferiores aos da Região Sul: o Rio Grande do Sul tem álcool a R$ 1,96 e gasolina a R$ 2,49, e Santa Catarina, R$ 1,88 e R$ 2,57, respectivamente.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustíveis), Roberto Fregonese, o preço baixo no estado é explicado pelas altas taxas de adulteração, que em janeiro deste ano alcançaram 6,7% para algumas regiões, ante média nacional de 3,3%, de acordo com o Comitê Sul-Brasileiro de Qualidade dos Combustíveis.

Além das inconformidades, ele acredita que uma "guerra de preços" esteja em curso entre os postos, com auxílio de distribuidoras que vendem o combustível mais barato com a contrapartida de ditar o preço na bomba. "A desvantagem é que, passado o período de rebaixamentos artificiais nos preços, eles voltam às alturas. Mas é difícil prever quando isso irá acontecer", diz Fregonese.

Apesar da expectativa de nova alta, o preço do álcool está 13% menor que há 12 meses, e a tendência é cair mais até o início do segundo semestre, com o avanço da colheita da safra de cana-de-açúcar.

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